Mais de 45 milhões de abortos foram feitos em todo o mundo em 2024

O número de interrupções de gestação segue subindo e já é maior do que a quantidade de abortos realizados em 2023.

Fonte: Guiame, com informações de WorldometerAtualizado: segunda-feira, 30 de dezembro de 2024 às 19:38
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Bonnie Kittle).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Bonnie Kittle).

O número de abortos realizados em todo o mundo no ano de 2024 ultrapassou os 45 milhões.

De acordo com dados compilados pelo Worldometer, site de referência que monitora estatísticas sobre saúde, população global e óbitos em tempo real, registrou mais de 45 milhões de bebês mortos no ventre, de 1° de janeiro de 2024 até esta segunda-feira (30).

A contagem acabará nesta terça-feira (31), no último dia do ano. O número segue subindo e já é maior do que a quantidade de abortos feitos em 2023. No total, 44,6 milhões de bebês foram mortos.

O site registra estatísticas sobre aborto disponibilizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a OMS, todos os anos ocorrem cerca de 73 milhões de abortos induzidos no mundo, representando cerca de 200.000 abortos por dia.

Em 2023, o aborto foi a principal causa de mortes no mundo, pelo quinto ano consecutivo, conforme o banco de dados Worldometer.

O número de interrupções de gravidez ultrapassou o número de vítimas de outras principais causas de morte, incluindo doenças transmissíveis, câncer e tabagismo.

Luta em defesa da vida

Em novembro deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a PEC que preserva o direito à vida para fetos e impede o aborto legal no Brasil.

A Constituição já garantia a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não estabelecia uma definição sobre o momento exato em que esse direito passa a ser aplicável.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, de autoria dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), determina que o direito à vida será reconhecido desde a concepção do feto.

Na prática, o texto proíbe o aborto nas situações atualmente permitidas por lei, chamado “aborto legal”.

No Brasil, o procedimento é autorizado apenas em três casos: risco de morte para a gestante, gravidez em caso de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).

Após a aprovação na CCJ, comissão inicial no processo legislativo, a PEC 164/12 será analisada por uma comissão especial, ainda sem data definida para início de seus trabalhos.

No país, 70% dos brasileiros é contra a legalização do aborto, conforme uma pesquisa do IPEC.

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