O número de abortos realizados em todo o mundo no ano de 2024 ultrapassou os 45 milhões.
De acordo com dados compilados pelo Worldometer, site de referência que monitora estatísticas sobre saúde, população global e óbitos em tempo real, registrou mais de 45 milhões de bebês mortos no ventre, de 1° de janeiro de 2024 até esta segunda-feira (30).
A contagem acabará nesta terça-feira (31), no último dia do ano. O número segue subindo e já é maior do que a quantidade de abortos feitos em 2023. No total, 44,6 milhões de bebês foram mortos.
O site registra estatísticas sobre aborto disponibilizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a OMS, todos os anos ocorrem cerca de 73 milhões de abortos induzidos no mundo, representando cerca de 200.000 abortos por dia.
Em 2023, o aborto foi a principal causa de mortes no mundo, pelo quinto ano consecutivo, conforme o banco de dados Worldometer.
O número de interrupções de gravidez ultrapassou o número de vítimas de outras principais causas de morte, incluindo doenças transmissíveis, câncer e tabagismo.
Luta em defesa da vida
Em novembro deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a PEC que preserva o direito à vida para fetos e impede o aborto legal no Brasil.
A Constituição já garantia a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não estabelecia uma definição sobre o momento exato em que esse direito passa a ser aplicável.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, de autoria dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), determina que o direito à vida será reconhecido desde a concepção do feto.
Na prática, o texto proíbe o aborto nas situações atualmente permitidas por lei, chamado “aborto legal”.
No Brasil, o procedimento é autorizado apenas em três casos: risco de morte para a gestante, gravidez em caso de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).
Após a aprovação na CCJ, comissão inicial no processo legislativo, a PEC 164/12 será analisada por uma comissão especial, ainda sem data definida para início de seus trabalhos.
No país, 70% dos brasileiros é contra a legalização do aborto, conforme uma pesquisa do IPEC.
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