Missionário é detido na Turquia no dia seguinte à libertação de pastor

O missionário americano David Byle foi detido um dia após a libertação do pastor Andrew Brunson na Turquia.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 19 de outubro de 2018 às 19:32
Pastor Andrew Brunson no Aeroporto Internacional de Izmir, após ser libertado de prisão na Turquia. (Foto: Chris McGrath/Getty Images)
Pastor Andrew Brunson no Aeroporto Internacional de Izmir, após ser libertado de prisão na Turquia. (Foto: Chris McGrath/Getty Images)

Apenas um dia após a libertação do pastor Andrew Brunson na Turquia, as autoridades turcas prenderam outro missionário americano e ordenaram que ele deixasse o país.

David Byle, cidadão americano e canadense, foi preso em Ancara no sábado (13) pelo Departamento de Polícia Antiterrorismo, segundo a organização Middle East Concern. Ele foi interrogado e liberado na tarde de domingo, mas recebeu um prazo de 15 dias para deixar a Turquia.

O missionário já foi preso em outras ocasiões na Turquia, todas relacionadas ao evangelismo de rua. Em 2007, ele foi detido por três dias, mas foi dispensado porque a literatura que ele carregava não insultava o Islã.

Byle, que tem pregado na Turquia há 18 anos, também foi preso em 2016. Ele ficou detido por oito dias e foi alertado que seria deportado. No entanto, em fevereiro de 2017, a ordem de deportação foi bloqueada temporariamente, já que não houve provas de sua ligação com “organizações terroristas”.

A última prisão de Byle aconteceu um dia depois que o pastor da Carolina do Norte, Andrew Brunson, foi libertado pela Turquia. Brunson, que junto com sua esposa pastoreou uma igreja em Izmir por 25 anos, foi preso em outubro de 2016 e acusado de ter ligações com grupos terroristas, o que ele negou firmemente.

Tony Perkins, presidente do Conselho de Pesquisa Familiar e membro da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA, disse que a libertação de Brunson envia uma forte mensagem à Turquia.

“Apesar de estarmos aliviados com a decisão sobre a prisão injusta do pastor Brunson, continuamos preocupados com o povo turco, porque muitas comunidades religiosas, como a ortodoxa grega e os alevitas, continuam enfrentando discriminação”, Perkins alertou.

“A Turquia deve continuar trabalhando para tratar todos os seus cidadãos de forma igual e com respeito por sua liberdade religiosa”, acrescentou Perkins.

A Turquia é listada como o 31º país onde é mais difícil para um cristão viver, segundo a lista de perseguição da organização Portas Abertas.

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