Novo filme de Marcelo Adnet satiriza pastores e a fé evangélica

“Nas Ondas da Fé”, o comediante interpreta um locutor de rádio evangélica que ganha fama e se torna um falso pastor.

Fonte: Guiame, com informações de G1 Atualizado: sexta-feira, 13 de janeiro de 2023 às 17:00
Nas “Ondas da Fé”, Adnet interpreta um locutor de rádio que ganha fama e se torna um falso pastor. (Foto: Divulgação).
Nas “Ondas da Fé”, Adnet interpreta um locutor de rádio que ganha fama e se torna um falso pastor. (Foto: Divulgação).

O novo filme do comediante Marcelo Adnet, que estreou na quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros, fez uma sátira aos pastores e à fé evangélica. 

“Nas Ondas da Fé” é uma comédia controversa que conta a história de Hickson, interpretado por Adnet, que acaba fingindo ser um pastor após fazer sucesso como locutor em uma rádio evangélica.

O filme, dirigido por Felipe Joffily, mostra o falso pastor enganando fiéis e transformando a igreja em um negócio lucrativo.

Sua esposa evangélica Jéssika, interpretada por Letícia Lima, vai ajudar Hickson a lidar com as consequências causadas pela crescente fama do líder

Embora a produção represente os evangélicos de forma teatral e faça piadas com a fé, Marcelo Adnet alegou que "Nas ondas da fé" faz humor sem ofender ninguém.

"Temos total respeito com a fé, que segue inabalada do início ao fim. Mas a gente critica a hierarquia dos homens que estão dentro da igreja, os falsos profetas. A gente não cita Deus, Jesus, anjos, santos, apóstolos. A gente não questiona isso", afirmou o ator, em entrevista ao G1.

Segundo o humorista, ele sempre desejou interpretar um pastor por ser algo engraçado, teatral e "muito forte" na realidade brasileira.

"O filme mostra de uma forma natural como muitos brasileiros acabam se aproximando da igreja. Pra gente tirar esse olhar de 'bom' e 'ruim'. É como qualquer área cinzenta de qualquer área humana", disse Adnet.

Letícia Lima, que interpreta Jéssika, declarou que trabalhar na comédia mudou a visão que tinha dos evangélicos.

"São pessoas comuns, que não é um estereótipo do evangélico, que precisam correr atrás, que precisam agarrar a todas as oportunidades. E foi dessa maneira que eu consegui ver a fé de uma forma diferente, porque ela independe da religião", comentou, ao G1.

Questionado se atuar no novo filme impactou sua espiritualidade, Marcelo respondeu: "Foi interessante o mergulho de fé. Mas eu não sou uma pessoa religiosa, por isso não me senti mexido”.



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