Novo ministro da Educação diz que tem a Bíblia como referência

Abraham Weintraub foi nomeado para assumir o MEC após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: terça-feira, 9 de abril de 2019 às 15:11
O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. (Foto: Casa Civil/PR)
O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. (Foto: Casa Civil/PR)

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (8) a nomeação de Abraham Weintraub como ministro da Educação, oficializando a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.

Vélez Rodríguez tomou posse no cargo em 1º de janeiro e enfrentava uma “guerra interna” no MEC, provocada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho.

Para indicarem um novo substituto, conselheiros do presidente buscavam alguém com “mais capacidade de gestão”, segundo o Estadão.

Antes de sua indicação para o MEC, feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Weintraub já trabalhava no governo Bolsonaro como secretário-executivo da Casa Civil, segundo cargo mais importante da pasta.

Ele também atuou na equipe do governo de transição junto com o irmão, Arthur Weintraub, responsável pela área de Previdência no período. Onyx ficou entusiasmado com visão sobre economia dos irmãos quando os conheceu em um seminário sobre Previdência, realizado em 2017 no Congresso Nacional.

Abraham Weintraub é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1994) e mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos. Na iniciativa privada, trabalhou no Banco Votorantim por 18 anos, onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio na Quest Investimentos.

Em 2018, questionado sobre a decisão de apoiar Bolsonaro, Weintraub falou sobre patriotismo. “Diante de ameaças é necessário lutar pelo país em que se vive. Os venezuelanos descobriram isso muito tarde. Perderam o controle de sua Pátria e hoje são colônia dos ditadores que controlam Cuba. São escravos”, disse ele ao Estadão.

Ele ainda se afastou de rótulos políticos e destacou a Bíblia como sua referência. “Esquerda ou direita, acho que é uma rotulação pobre. Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência”, acrescentou.

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