“O mundo está menos seguro a cada dia”, conforme a ONU

António Guterres faz um apelo para que haja mais respeito aos direitos humanos e pela paz.

Fonte: Guiame, com informações de The Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024 às 16:21
Insegurança aumenta no mundo. (Foto representativa: Unsplash/Jordy Meow)
Insegurança aumenta no mundo. (Foto representativa: Unsplash/Jordy Meow)

Conforme o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, os combatentes em locais como  Gaza, Ucrânia, Mianmar, Congo e Sudão estão “fechando os olhos” aos direitos internacionais.

Ele fez um apelo para que haja mais respeito pelos direitos humanos e pela paz em todo o mundo, enquanto discursou ao principal órgão de direitos humanos da ONU, na última sessão.

Durante seu discurso, na segunda-feira (26), ele alertou que “o mundo está menos seguro a cada dia”.

‘Nosso mundo está mudando’

“O nosso mundo está mudando numa velocidade vertiginosa”, disse Guterres ao Conselho dos Direitos Humanos. 

“A multiplicação dos conflitos está causando um sofrimento sem precedentes. Mas os direitos humanos são uma constante”, disse ainda. 

Para o chefe da ONU, os ataques aos direitos humanos assumem muitas formas. Uma delas é quando alguns países se preocupam mais com gastos para “combater as alterações climáticas”, enquanto os países mais pobres do mundo não têm suas dívidas aliviadas.

Ele também defendeu a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), como a “espinha dorsal” dos esforços de ajuda à Gaza e disse que as principais autoridades israelitas apelaram ao seu desmantelamento.

ONU apontada por trabalhar em conjunto com o Hamas

O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, também atacou as “tentativas de minar a legitimidade e o trabalho” da ONU e dos seus afiliados.

“A ONU tornou-se um pára-raios para a propaganda manipuladora e um bode expiatório para falhas políticas. Isso é profundamente destrutivo para o bem comum e trai insensivelmente as muitas pessoas cujas vidas dependem disso, disse Türk.

Ele explica que a UNRWA demitiu vários membros, no mês passado, depois que Israel os acusou de participar das atrocidades do Hamas em 7 de outubro, nas quais terroristas assassinaram cerca de 1.200 pessoas em Israel e sequestraram 253.

Como resultado do relatório, vários países, incluindo os EUA, Reino Unido e a Alemanha, congelaram o financiamento para a organização.

O motivo da acusação de Israel contra a ONU foi porque alguns reféns que foram libertados durante uma trégua de uma semana, em novembro do ano passado, alegaram que tinham sido detidos em casas de membros da UNRWA.

E durante a guerra, as FDI (Forças de Defesa de Israel) descobriram casos em que a organização foi usada como disfarce para o Hamas. Mais recentemente, as tropas encontraram morteiros escondidos em sacos da UNRWA.

No último sábado (24), o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou a ONU de cooperar com o Hamas depois de um grupo de especialistas ter apelado a um embargo de armas a Israel, acusando o país, não pela primeira vez, de violar o direito internacional na sua guerra em Gaza.

Israel continua afirmando que opera de acordo com o direito internacional e faz o seu melhor para minimizar as vítimas civis.

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