Päivi Räsänen é inocentada de acusação de “discurso de ódio” por citar versículos bíblicos

A parlamentar cristã enfrentava o segundo julgamento em uma batalha judicial de quatro anos, por defender o ensinamento bíblico sobre sexualidade publicamente.

Fonte: Guiame, com informações de Evangelical Focus e FaithwireAtualizado: terça-feira, 14 de novembro de 2023 às 18:40
Päivi Räsänen e seu advogado Paul Coleman, da ADF International. (Foto: ADF Internacional).
Päivi Räsänen e seu advogado Paul Coleman, da ADF International. (Foto: ADF Internacional).

A política cristã Päivi Räsänen foi inocentada das acusações de “discurso de ódio” por citar versículos bíblicos, em uma decisão unânime dos três juízes do Tribunal de Recurso de Helsinque, na Finlândia.

“Estou profundamente aliviada. O tribunal aprovou e manteve totalmente a decisão do Tribunal Distrital, que reconheceu o direito de todos à liberdade de expressão”, disse Räsänen em comunicado, conforme a CBN News.

E acrescentou: “Não é crime twittar um versículo bíblico ou participar de um discurso público com uma perspectiva cristã”.

Nesta terça-feira (14), Räsänen falou em uma coletiva de imprensa no Tribunal de Recurso de Helsinque, após saber do veredito.

“Sou grata a Deus, ao meu advogado e a todos os meus apoiantes. É um privilégio defender a liberdade de expressão. Agradeço a decisão do tribunal e estou orgulhosa do meu país”, segundo citações compartilhadas pela repórter finlandesa Karoliina Rauhio-Pokka com o Evangelical Focus.

Päivi enfrentava o segundo julgamento em uma batalha judicial de quatro anos. A ex-líder do Partido Democrata Cristão da Finlândia já tinha sido absolvida pelo Tribunal Distrital de Helsinque em 2022.

Porém, o promotor pediu que seu caso fosse reaberto e apelou do veredito de inocência em abril do ano passado.

Relembre o caso

Em 2019, a política cristã foi acusada de discurso de ódio e processada por defender o ensinamento bíblico sobre sexualidade publicamente em três momentos: em um tuíte, em um panfleto religioso em 2004 e em uma entrevista de rádio em 2019.

Paivi foi investigada pela polícia por um livreto intitulado “Homem e mulher, Ele os criou”, publicado por ela 15 anos antes, e comentários feitos em um programa de rádio.

Ela também enfrentou acusações criminais por um tweet, onde criticou a liderança da Igreja Luterana Finlandesa por apoiar o mês do orgulho LGBT.

Ameaça à liberdade de expressão

O diretor executivo da ADF International (que defendeu a cristã no caso), Paul Coleman, expressou sua preocupação com a liberdade de expressão e com a ameaça de censura na Europa.

"Quando uma parlamentar finlandesa de longa data e respeitada é julgada duas vezes por compartilhar suas crenças profundamente arraigadas em um tweet há quatro anos, você sabe que o respeito pela liberdade de expressão na Europa atingiu um novo nível", ressaltou Coleman.

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