Pela primeira vez, Globo exibe beijo gay em novela das seis

Os personagens da novela Orgulho e Paixão, Luccino e Capitão Otávio, protagonizaram um beijo gay.

Fonte: Guiame, com informações do Notícias da TVAtualizado: quinta-feira, 13 de setembro de 2018 às 18:21
Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller) se beijam em Orgulho e Paixão. (Foto: Divulgação/TV Globo)
Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller) se beijam em Orgulho e Paixão. (Foto: Divulgação/TV Globo)

Pela primeira vez em 47 anos, a Globo exibiu o primeiro beijo gay em uma novela das seis nesta quarta-feira (12). Os personagens Luccino (Juliano Laham) e Capitão Otávio (Pedro Henrique Müller) da novela “Orgulho e Paixão” protagonizaram um romance homossexual.

Na cena, Luccino e Otávio conversavam sobre o futuro de seu relacionamento. Depois de uma sequência de frases românticas, o personagem de Laham puxou o rosto de Otávio e o beijou pela primeira vez.

Para os atores Laham e Müller, a cena do beijo gay na televisão pode “reeducar as pessoas” em relação à aceitação da homossexualidade como uma prática comum.

“Esse marco (beijo) no romance dos dois personagens foi o melhor que podia ter acontecido pro casal. Espero que com cenas de amor como essa a gente consiga mudar ou quem sabe até reeducar as pessoas no quesito respeito ao próximo. É só amor”, escreveu Laham no Instagram.

“Torço pelo dia em que vamos comemorar apenas mais um casal na novela. E que o beijo seja apenas mais um beijo. Por enquanto esse beijo é mais que necessário!”, acrescentou o ator.

Histórico

A primeira cena de beijo gay foi mostrada pela Globo em 2013, protagonizada por Mateus Solano e Thiago Fragoso na novela “Amor à Vida”,  exibida na faixa das 21h. Depois, a cena se repetiu em tramas como Em Família (2014), Império (2014), Babilônia (2015), Verdades Secretas (2015), O Outro Lado do Paraíso (2017) e Malhação - Viva a Diferença (2017).

A psicóloga Marisa Lobo esclarece que o beijo gay não é um crime, mas sim um tabu. Como não é juridicamente possível evitar cena como essas na televisão brasileira, a especialista aconselha as famílias a fazerem um filtro na programação exibida em seus lares.

“Você pode protestar sim: Não dando ibope. A emissora sabe pelos números que os evangélicos criticam, mas dão uma espiadinha. Ninguém é obrigado a assistir, então mude de canal. O poder está em suas mãos”, disse ela no Twitter.

“Enquanto a Globo achar que pode escarnecer do seu grande público porque este aceita tudo, ela vai enfiar goela abaixo todo lixo que quiser”, Marisa Lobo acrescentou.

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