Uma pesquisa realizada nos EUA revelou que os líderes religiosos são a chave para convencer os céticos da vacina contra a Covid-19 a se vacinarem. Apesar do avanço da vacinação no país, alcançando 50% da população, ainda há americanos que não pretendem se vacinar e grande parte deles são evangélicos.
Os EUA está atingindo um contexto preocupante onde doses da vacina estão sobrando, enquanto o número de pessoas dispostas a se vacinar diminui. De acordo com especialistas, o país precisa ter vacinado 70% a 90% da população para atingir a imunidade coletiva, um número difícil de alcançar se a adesão à vacina continuar caindo.
De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa da Religião Pública (PRRI, na sigla em inglês) junto com Interfaith Youth Core, o sentimento anti-vacina é particularmente forte em grupos cristãos. Conforme a pesquisa, 26% dos que não planejam tomar a vacina são evangélicos brancos e os evangélicos negros e hispânicos são mais propensos a esperar para ver como será o resultado da vacinação.
Uma das razões para a hesitação e o ceticismo em relação à vacinação é a desconfiança sobre os dados científicos das vacinas. O estudo do PRRI verificou que esses grupos mudariam de opinião se fossem incentivados por líderes religiosos.
Entre os “hesitantes com a vacina”, 38% dos evangélicos brancos, junto com 36% dos protestantes negros e 33% dos católicos hispânicos dizem que uma abordagem baseada na fé aumentaria sua aceitação em relação à vacinação.
O estudo do Instituto de Pesquisa da Religião Pública sugere que a liderança das igrejas, além de incentivarem os fiéis a serem vacinados, promovam palestras sobre vacinas com médicos locais. O PRRI também sugeriu que as igrejas sirvam de locais de vacinação.
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