População ora por vítimas após naufrágio em São Paulo

Uma mulher continua desaparecida após o naufrágio em uma região conhecida como 'Garganta do Diabo'.

Fonte: Guiame, com informações de g1, CNN Brasil e EstadãoAtualizado: sexta-feira, 4 de outubro de 2024 às 13:40
Pessoas orando no local. (Foto: Reprodução/g1/Juliane Santos)
Pessoas orando no local. (Foto: Reprodução/g1/Juliane Santos)

No último domingo (29), uma embarcação com sete pessoas a bordo naufragou em uma região conhecida como 'Garganta do Diabo', próximo à Ilha Porchat, em São Vicente, São Paulo. Cinco pessoas foram resgatadas, uma mulher faleceu e outra segue desaparecida.

As buscas pelas vítimas identificadas como Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, e Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, tiveram início logo após o acidente.

Familiares, amigos e moradores se reuniram próximo ao local onde o barco afundou para orar pelas vítimas. 

Em vídeo compartilhado pelo g1, as pessoas foram conduzidas em oração por uma cristã, que disse:

"Meu Deus. Eu peço, meu Pai, que o Senhor, agora, nesse momento, dê paz a cada uma dessas pessoas. Em nome do Senhor Jesus, todos nós aqui, independente de crença, independente de religião, cremos, meu Pai, que já deu tudo certo e que logo elas serão encontradas. É isso que nós te pedimos e determinados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém".

Na última quarta-feira (2), o corpo de Beatriz Tavares, que foi encontrado próximo do emissário submarino de Santos, a cerca de 4 km do local do naufrágio, foi retirado do mar e reconhecido por familiares. 

As outras cinco pessoas que estavam a bordo e foram resgatadas, foram identificadas como:  Vanessa Audrey da Silva, de 35 anos; Camila Alves de Carvalho, de 20 anos; Daniel Gonçalves Ferreira, de 22 anos; Gabriela Santos Lima e Natan Cardoso Soares da Silva.

Depoimento

Nas redes sociais, Camila Alves, uma das pessoas que sobreviveu, relatou como conseguiu se salvar: “Foi um desespero total, eu não sei nadar e as ondas eram muito fortes”.

“Na hora que o barco virou, ninguém estava com colete. E nenhuma das meninas sabia nadar. Eu não sei nadar. A Bia e a Vanessa não sabiam nadar. Quando o barco virou, tinha três coletes e dois galões de gasolina. Todo mundo se agarrou e cada um tentou salvar a sua vida”, acrescentou.

A vítima destacou que para sobreviver, tentou se jogar sobre as pedras e se agarrar em um rochedo. Ela sofreu vários ferimentos, inclusive um corte profundo na cabeça. Além disso, a jovem engoliu muita água e destacou que os coletes e os galões a ajudaram a flutuar.

O Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) informou que os sobreviventes relataram que Beatriz e Aline se afastaram do grupo no momento do naufrágio.

As vítimas retornavam de uma festa a bordo de uma lancha maior. O Corpo de Bombeiros foi acionado por moradores para atender a ocorrência e enviou três viaturas para ajudar nas buscas. Além da corporação, a Marinha do Brasil enviou uma embarcação para auxiliar na ocorrência.

Após o resgate, quatro vítimas foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Pronto-Socorro Central de São Vicente para avaliação médica. Uma delas negou atendimento médico.

A 'Garganta do Diabo', região onde ocorreu o acidente, é considerada perigosa devido às fortes correntezas e ondulações, que já resultaram em inúmeros afogamentos.

Investigação

A Marinha do Brasil está investigando se o barco "La Linda", que naufragou no último domingo (30) em São Vicente com sete pessoas a bordo, estava em conformidade com as normas de navegação.

De acordo com a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), a perda da documentação durante o incidente impossibilitou a confirmação da identificação e das características da embarcação. Um inquérito administrativo foi aberto para identificar as possíveis causas do naufrágio e apurar responsabilidades, conforme informado pela CPSP.

A Polícia Civil também está conduzindo uma investigação sobre o naufrágio, incluindo a análise das condições de segurança que o barco oferecia aos seus ocupantes.

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