O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a proibição do uso da chamada “linguagem neutra” em todas as escolas públicas do país.
A restrição foi formalizada pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, comandado pela ministra Karla Trigueros, com vigência obrigatória em todo território nacional.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bukele declarou:
“A partir de hoje fica proibida a chamada ‘linguagem inclusiva’ em todas as escolas públicas de nosso país.”
Desde hoy queda prohibido el mal llamado “lenguaje inclusivo” en todos los centros educativos públicos de nuestro país. https://t.co/4JXb9ez3yC
— Nayib Bukele (@nayibbukele) October 3, 2025
Oficial do Exército, a ministra Trigueros, também no X, afirmou que ordenou a proibição da “linguagem inclusiva” não apenas em centros educativos públicos, mas também nas repartições ligadas ao ministério.
“Com esta medida, de cumprimento obrigatório em nível nacional, garantimos o bom uso do nosso idioma em todo material e conteúdo, além de proteger a primeira infância, crianças e adolescentes de ingerências ideológicas que afetem seu desenvolvimento integral.”
Hoy giré la instrucción para prohibir el llamado «lenguaje inclusivo» en todos los centros educativos públicos y dependencias de nuestra institución. Con esta medida, de estricto cumplimiento a nivel nacional, garantizamos el buen uso de nuestro idioma en todo material y… pic.twitter.com/TgZw6Yo9xL
— Karla Trigueros (@KarlaETrigueros) October 3, 2025
O memorando oficial nº 22-2025, assinado pela ministra, traz exemplos explícitos de expressões vetadas – entre elas “amigue”, “companheire”, “alune”, “todxs”, “alun@” e “jovenx” – classificadas pelo ministério como “distorções da língua para atender à chamada ideologia de gênero”.
De acordo com o texto oficial, a proibição deverá ser obedecida em diversos documentos e comunicações institucionais: materiais didáticos, livros, documentos administrativos, circulares e correspondências oficiais são abrangidos pela medida.
‘Bom uso do idioma’
A medida é válida para todas as escolas públicas do país, independentemente do nível de ensino ou da localização geográfica.
Ela abrange tanto a comunicação oral quanto escrita no ambiente escolar, incluindo aulas, atividades extracurriculares, exposições, tarefas, cartazes, relatórios e quaisquer outros formatos de expressão institucional.
O governo de El Salvador argumenta que a medida tem como objetivo “consolidar uma comunicação institucional clara, uniforme e respeitosa”.
O memorando também menciona que a proibição serviria para garantir o “bom uso do idioma” e prevenir a entrada de “ideologias ou imposições globalistas” que, segundo o ministério, poderiam prejudicar “o desenvolvimento integral dos estudantes”
A norma é de cumprimento obrigatório para professores, diretores, técnicos e servidores da área educacional.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições