Em 5 de julho, o Parlamento do Reino Unido debateu a “Nova Cláusula 55”, uma emenda à Lei da Polícia, Crime, Penas e Tribunais (PCSC Bill) que teria desregulamentado completamente o aborto na Inglaterra e no País de Gales.
A membro do Parlamento Diana Johnson, do Partido Trabalhista, apresentou a emenda, uma "tentativa extrema de última hora" para normalizar "uma cultura do aborto", disse o oficial de defesa da Aliança Evangélica do Reino Unido (EAUK), Danny Webster, neste artigo.
“O impacto desta mudança, se aprovado, poderia permitir o aborto sem restrições até o nascimento e por qualquer motivo, inclusive com base no sexo do feto”, explicou Webster.
De acordo com a organização cristã CARE, a emenda também teria “removido a exigência de envolvimento de um médico e removido as proteções de consciência para médicos que se opõem ao aborto”.
Depois que o Parlamento em Westminster debateu as mudanças na lei, Johnson decidiu não empurrar a emenda para uma votação para evitar uma derrota.
Organizações cristãs e seculares com uma postura pró-vida também expressaram seu alívio.
Aborto até o sexto mês
A Lei do Aborto de 1967 permite que as mulheres interrompam a gravidez até a 24ª semana.
Uma pesquisa de 2017 apontou que apenas 1% das mulheres queria ver o limite do aborto estendido até o nascimento. A mesma pesquisa descobriu que 70% das mulheres queriam ver o limite de tempo do aborto reduzido para 20 semanas ou menos.
“Sabemos que os bebês são capazes de viver fora do útero por volta das 22 semanas. A maioria das nações europeias tem um limite legal inferior ao do Reino Unido (...). Os políticos do Reino Unido deveriam apoiar iniciativas para reduzir o limite legal para o aborto, não aumentá-lo”, disse Nola Leach, da CARE.
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