Reversão da Pílula de Aborto já salvou mais de 6.000 bebês: ‘São vidas à imagem de Deus’

A Rede de Resgate da Pílula Abortiva relatou ter salvado mais de 6.000 vidas até 20 de novembro de 2024.

Fonte: Guiame, com informações da Pregnancy Help NewsAtualizado: quinta-feira, 21 de novembro de 2024 às 13:43
A taxa de sucesso fica entre 64% e 68% para mães que iniciam o protocolo de reversão da pílula do aborto. (Foto ilustrativa: Unsplash/Christian Bowen)
A taxa de sucesso fica entre 64% e 68% para mães que iniciam o protocolo de reversão da pílula do aborto. (Foto ilustrativa: Unsplash/Christian Bowen)

A Reversão da Pílula Abortiva, um protocolo que oferece às mulheres uma segunda chance de decisão, alcançou um marco significativo ao salvar vidas, mesmo diante da oposição de defensores do aborto.

A Abortion Pill Rescue Network (APRN) reporta que mais de 6.000 vidas foram salvas até 20 de novembro de 2024.

A APRN é uma iniciativa que oferece suporte a mulheres que, após ingerirem a primeira dose da pílula abortiva, desejam reverter o processo e manter a gravidez.

Arrependimento

Com o aumento da prevalência do aborto químico em relação ao cirúrgico, a Reversão da Pílula do Aborto (APR, sigla em inglês) se tornou uma alternativa essencial para mães que se arrependem após iniciar o processo e desejam salvar a gravidez, conforme a Pregnancy Help News.

Se uma mulher tomar a primeira pílula do aborto químico, se arrepender e agir rapidamente, a APR pode oferecer a chance de salvar seu filho ainda não nascido.

O aborto químico é realizado com dois medicamentos: mifepristona e misoprostol. A mifepristona bloqueia a progesterona, hormônio essencial para a continuidade da gravidez. O misoprostol, administrado um ou dois dias depois, induz o trabalho de parto, resultando na expulsão do feto.

A Reversão da Pílula Abortiva é uma aplicação recente de um tratamento utilizado há décadas para prevenir o aborto espontâneo, consistindo na administração de progesterona para contrariar os efeitos da mifepristona.

Diariamente, dezenas de mães que se arrependem após tomar a pílula do aborto químico entram em contato com a APRN para obter informações sobre a Reversão da Pílula do Aborto.

Auxílio às mulheres

A APRN é composta por mais de 1.400 profissionais de saúde, clínicas médicas de gravidez, hospitais e farmacêuticos que implementam o protocolo APR. Gerenciada pela Heartbeat International, a rede auxilia mais de 150 mulheres por mês a iniciar o processo de reversão.

Gravidez. (Foto: Pixabay)

A Heartbeat International é a maior rede de organizações de apoio à gravidez nos EUA e em nível internacional.

O marco da APR, com mais de 6.000 vidas salvas, acontece em meio a esforços de defensores do aborto por meio de lobby, que atua nas grandes empresas de tecnologia, na profissão médica e em cargos políticos para suprimir o protocolo de reversão, destacando a relevância de seu sucesso.

A Heartbeat destaca as evidências vivas dos milhares de crianças que sobreviveram graças ao tratamento APR realizado por suas mães, enfatizando o impacto positivo do protocolo de afirmação da vida.

"Cada vida é preciosa e cheia de promessas e potencial que, se não fosse pelo trabalho incansável da rede APRN, talvez não tivesse tido essa segunda chance", disse Jor-El Godsey, presidente da Heartbeat International.

"Que alegria celebrar este marco de tantas vidas salvas, que seriam suficientes para lotar um auditório de concertos!"

Santidade da vida

O Diretor Sênior de Impacto Médico da Heartbeat International enfatizou esse sentimento e falou mais sobre a santidade da vida humana.

“Hoje celebramos 6.000 crianças feitas perfeitamente à imagem de nosso Deus!”, disse a enfermeira Christa Brown.

“Somos gratos por cada uma delas e por suas mães corajosas, que em algum momento sentiram que não havia outra saída e tristemente iniciaram um aborto”, afirmou Brown.

“Rapidamente, com profundo arrependimento, perceberam o valor da vida que carregavam e desejaram um novo plano – e a Rede APR estava lá para ajudar.”

“Seis mil crianças poderiam preencher 200 turmas de jardim de infância!”, destacou ela. “Cada uma dessas crianças foi contada por este mundo como nada mais do que uma estatística de aborto, mas hoje estão vivas e prosperando, sendo adoradas por suas famílias.”

Ânimo pró-aborto para APR

Defensores do aborto, com apoio da mídia, tentaram desacreditar a APR, alegando que a reversão do aborto químico é inútil ou perigosa, baseando-se em evidências questionáveis ou provenientes de indivíduos ligados à indústria do aborto ou fabricantes de medicamentos abortivos.

O Facebook e o Google restringiram conteúdos relacionados à Reversão da Pílula Abortiva, alegando violações e baseando-se em relatórios questionáveis.

O Facebook removeu a página da APR e uma publicação da Heartbeat International, enquanto o Google excluiu anúncios promovendo a linha direta da APR, citando informações falsas de um grupo pró-aborto.

O presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos EUA, Jerrold Nadler (D-NY), questionou o Facebook em uma carta a Mark Zuckerberg sobre anúncios de Reversão da Pílula do Aborto, baseando-se em fontes pró-aborto e ignorando dados que mostravam milhares de reversões bem-sucedidas.

Em 2023, o governador do Colorado, Jared Polis, aprovou uma lei classificando como "conduta não profissional" a oferta de reversão de pílulas abortivas por médicos, medida atualmente contestada judicialmente.

O Departamento de Saúde Pública de Massachusetts emitiu um memorando aos profissionais de saúde do estado, alertando contra práticas “que violem boas e aceitas práticas de atendimento, classificando a APR como uma prática de saúde inaceitável.

‘Segura e eficaz’

O procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, processou a Heartbeat International e clínicas afiliadas, acusando-as de promoverem de forma enganosa a reversão da pílula abortiva como segura e eficaz, apesar da falta de comprovação científica.

Existem vários processos judiciais em tribunais estaduais e federais envolvendo a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, relacionados aos seus esforços para impedir a promoção da APR.

No exterior, a Right to Life New Zealand realiza uma campanha para que o Ministério da Saúde da Nova Zelândia revise sua posição de não reconhecimento da APR e autorize o acesso das mulheres a informações sobre o tratamento.

Médicos no Reino Unido têm enfrentado oposição, incluindo falsas acusações de má conduta, por oferecer serviços de APR a mulheres que desejam continuar suas gestações após iniciarem um aborto químico.

APR tem resultados saudáveis

O Instituto Charlotte Lozier realizou pesquisas detalhadas que comprovam a segurança e eficácia do APR. Um estudo revisado por pares em 2018 revelou uma taxa de sucesso entre 64% e 68% para mães que iniciam o protocolo de reversão da pílula do aborto.

Além disso, a progesterona tem sido usada com segurança na gravidez há mais de 50 anos.

Estudos iniciais apontaram que a taxa de defeitos congênitos em bebês nascidos após a APR é igual ou menor que a da população em geral. Além disso, uma revisão da FDA em 1999 não identificou aumento no risco de defeitos congênitos em mulheres grávidas que utilizam progesterona.

Após mais de 25 anos de uso de progesterona na gravidez, o Instituto Papa Paulo VI afirmou: “Todas as evidências disponíveis sustentam fortemente sua segurança durante a gestação”.

Afirmando a vida em todo o mundo

Brown destacou que a APRN auxiliou mulheres em todos os 50 estados dos EUA e em 93 outros países a tentarem continuar com suas gestações.

“Os desafios e o remorso do aborto são semelhantes, não importa onde a mulher esteja no mundo”, disse ela.

“Reversão da Pílula Abortiva é um ato de redenção para muitas mulheres todos os dias”, afirmou.

“Cada uma expressa sua gratidão pela equipe de enfermeiras, médicos e farmacêuticos que estavam lá por elas em suas horas mais sombrias, assim como a alegria que elas têm agora ao segurar seus filhos em seus braços.”

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