O Savoy Opera Group da Universidade de Edimburgo (EUSOG), na Escócia, está realizando a primeira produção de gênero neutro de “Jesus Christ Superstar” — uma ópera rock que reconta as últimas semanas de Jesus do ponto de vista de Judas Iscariotes.
O show musical, que será apresentado até o próximo sábado (28), gerou polêmica por ter colocado um ator não-binário para representar Jesus e uma mulher para fazer o papel de Judas.
Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, dois compositores britânicos, disseram que o espetáculo exibido no Church Hill Theatre, nesta semana, é totalmente licenciado como “neutro em termos de gênero”, permitindo que o elenco retrate qualquer personagem, apesar dos papéis masculinos e femininos tradicionais.
‘Elenco cego de gênero’
Na adaptação, Roza Stevenson interpreta Jesus, enquanto os 12 apóstolos são retratados por artistas femininas ou não binárias, o que significa que eles não se identificam exclusivamente como homem ou mulher.
Lew Forman, o diretor de criação do show, disse que a produção adotou um 'elenco cego de gênero' para reinventar a história dos últimos dias de Jesus a um “público moderno”.
“Jesus é lembrado como um homem, mas quem somos nós para decidir? O público vai ver de uma perspectiva diferente”, ele defendeu.
Conforme o Daily Mail, a Lloyd Webber Licensing concedeu permissão para a produção. Vale destacar que a empresa de concessão de licença também pertence a um dos compositores.
Desrespeito à fé cristã
Forman disse que a produção de “oportunidades iguais” foi definitivamente um pouco controversa, com vários pôsteres vandalizados, mas ele disse que “desconhece quaisquer objeções levantadas por organizações religiosas”.
Vale lembrar que os cristãos estão sendo cancelados por diversos governos que se identificam como progressistas. Aqueles que promovem a agenda LGBT e que militam para destacar uma “suposta intolerância” aos gays por parte dos religiosos já conseguiram algumas conquistas judiciais.
No Brasil, por exemplo, o Tribunal de Justiça do RJ decidiu que “não ocorreu qualquer intolerância religiosa” no filme da produtora Porta dos Fundos, que apresentou Jesus como homossexual, Maria como prostituta e os apóstolos como alcoólatras, em 2019.
O desrespeito à fé, no entanto, ficou evidente. Na ocasião, a Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, disse que a produção foi agressiva aos valores e sentimentos dos cristãos, que deveriam ser constitucionalmente protegidos.
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