Terroristas islâmicos matam 20 cristãos em massacre no Congo

Militantes das Forças Democráticas Aliadas massacraram 20 cristãos em aldeias no nordeste da República Democrática do Congo.

Fonte: Guiame, com informações do Morning Star NewsAtualizado: sexta-feira, 4 de dezembro de 2020 às 16:38
Militares das forças do governo na República Democrática do Congo. (Foto: John Wessels/AFP/Getty Images)
Militares das forças do governo na República Democrática do Congo. (Foto: John Wessels/AFP/Getty Images)

Militantes de um grupo jihadista massacraram 20 cristãos em aldeias no nordeste da República Democrática do Congo na semana passada, informaram fontes locais ao Morning Star News.

Membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), um grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico, são os principais suspeitos dos ataques realizados entre 20 e 25 de novembro a vilarejos na província de Kivu do Norte.

“Eles tentaram forçar alguns dos cristãos a se converterem ao islamismo”, disse um líder cristão local, sem revelar o nome por razões de segurança. Ele perdeu sua família em um ataque à vila Mayitike, cerca de 32 quilômetros da cidade de Beni, em 20 de novembro.

“Eles também tentaram forçar minha esposa e nossos quatro filhos a se converterem ao Islã, mas quando eles se recusaram, atiraram na cabeça da minha esposa, enquanto nossos quatro filhos eram cortados em pedaços com uma espada somali”, relata.

O líder cristão teve sua vida poupada por estar longe de sua aldeia no dia do ataque.

Os insurgentes jihadistas, que atuam no nordeste do Congo — uma região predominantemente cristã há 20 anos — intensificou os ataques a civis depois que o exército do país iniciou uma ofensiva contra o terrorismo em outubro de 2019. 

O líder cristão disse que os militantes pretendem estabelecer um Estado Islâmico governado pela sharia (lei islâmica).

Um contato do Morning Star News encontrou pessoas na cidade de Beni aterrorizadas em 27 de novembro. “Havia uma multidão de cristãos nas ruas em uma situação de desamparo, e também muçulmanos radicais cercando cinco igrejas”, disse ela. 

“Dez meninas foram estupradas e 15 meninas sequestradas da Igreja Anglicana e da Igreja Católica Romana. Outros 14 cristãos foram internados em um hospital em estado grave com ferimentos na cabeça, e outros com fratura nas mãos e pernas devido ao uso de armas, facão, clavas, espadas e machados da Somália”, relatou.

Fundado na década de 1990 no oeste de Uganda, o ADF é um dos vários grupos insurgentes que operam no nordeste do Congo. O Departamento do Tesouro dos EUA em dezembro de 2019 impôs sanções aos líderes do ADF por estupro em massa, tortura e assassinatos e outros abusos dos direitos humanos de civis.

Entre a população de de 89,4 milhões de pessoas na República do Congo, quase 92% são cristãos e apenas 1,7% são muçulmanos, de acordo com o Projeto Joshua.

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