Depois de enfrentar críticas dos líderes cristãos por sua decisão de retirar as tropas americanas da Síria, o presidente Donald Trump defendeu a decisão na frente de uma multidão amplamente evangélica no sábado (12).
“Nesta semana, direcionei US$ 50 milhões para apoiar cristãos e outras minorias religiosas na Síria. Eu fiz isso na sexta-feira”, disse Trump durante suas declarações no Values Voter Summit (Cúpula dos Eleitores do Valor).
Trump disse que seu governo até agora concedeu mais de US$ 500 milhões em apoio a minorias religiosas oprimidas na Síria.
O pastor Andrew Brunson, o pastor americano que foi mantido em cativeiro em uma prisão turca por dois anos antes de o governo negociar sua libertação, estava no pódio com Trump e orou com o presidente antes do discurso.
“Eu deixei claro para a Turquia que, se eles não cumprirem seus compromissos, incluindo a proteção de minorias religiosas, e também vigiarem os prisioneiros do ISIS, foram capturados, imporemos sanções econômicas muito rápidas, fortes e severas, como fizemos nas minhas negociações para retirar o pastor Brunson”, disse Trump.
“Caso contrário, eu odeio dizer que este pastor, você ainda estaria lá. Eu odeio dizer isso também - e isso não é feito pelo ego - qualquer outro presidente dos Estados Unidos, você ainda estaria lá”, declarou Trump.
Logo após a conclusão do discurso de Trump, a Casa Branca divulgou mais detalhes, afirmando que os US$ 50 milhões seriam usados para "assistência à estabilização da Síria para proteger minorias étnicas e religiosas perseguidas e promover os direitos humanos". defensores de direitos, organizações da sociedade civil e esforços de reconciliação que apoiam as vítimas de minorias étnicas e religiosas do conflito.
Retirada de tropas
Depois que Trump anunciou que estava retirando as forças armadas dos EUA da Síria, expondo os curdos e possivelmente cristãos a perigo, líderes cristãos como o reverendo Franklin Graham e o reverendo Pat Robertson pediram que Trump reconsiderasse.
Em relação aos curdos, Trump disse: "Deixe que eles tenham suas fronteiras, mas não acho que nossos soldados devam estar lá pelos próximos 15 anos guardando uma fronteira entre a Turquia e a Síria, quando não podemos proteger nossas próprias fronteiras".
Trump chamou os generais em Washington de "altamente superestimados" e reclamou: "O complexo industrial militar caiu sobre mim".
Mas, o presidente teve um tom preocupante ao recordar histórias emocionais de membros da família cumprimentando os caixões que voltavam de soldados caídos.
"Estamos nessas guerras agora, uma delas há 19 anos, e eles não lutaram para vencer", disse o presidente, uma referência ao conflito no Afeganistão. “Eles lutam para ficar lá. E, na Síria, deveríamos estar lá por 30 dias e estivemos lá por 10 anos. Essas guerras nunca terminam.”
Ele acrescentou, para aplausos da multidão: "Não podemos ficar lá para sempre. Temos que trazer nossos grandes heróis para casa. Está na hora."
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições