Ronaldo cresceu em uma família desestruturada no Brasil, vendo a mãe sofrer violência de seu pai alcoólatra.
Quando ficavam sozinhos em casa, o homem humilhava e espancava o próprio filho. O pai despejava sua comida no vaso sanitário e ordenava que o menino comesse.
“Ele disse: ‘Você precisa comer lá porque você é um cachorro, você não é e nunca será um homem’. Isso me machucou, mas eu não conhecia nada diferente disso, então achei que era normal”, contou Ronaldo, ao canal do YouTube Manna Testimonies.
Até que, certo dia, após ser agredido pelo pai, o menino de 5 anos lhe fez uma promessa: “Quando eu crescer, vou me tornar um criminoso e vou voltar aqui e matar você”.
Fuga de casa
Não suportando mais os abusos físicos e emocionais, Ronaldo fugiu de casa à noite. Ele correu pela floresta, percorreu cerca de 19 quilômetros até chegar a Belo Horizonte.
O menino foi encontrado faminto nas ruas por um policial, que o levou a um centro de reabilitação juvenil.
Porém, o centro não era um local seguro para crianças. Segundo Ronaldo, era apenas uma fábrica de novos criminosos.
“Eu vi todas as crianças sendo espancadas. Eles tiveram seus cérebros danificados para o resto da vida porque batiam a cabeça no concreto”, revelou Ronaldo. “Logo percebi que não sobreviveria a menos que me juntasse a uma gangue”.
Com a ajuda do líder da gangue, o menino conseguiu escapar do centro. Porém, em troca, o líder obrigou Ronaldo a permanecer no grupo e a roubar casas e supermercados.
Certa noite, uma gangue rival capturou o menino e abusou dele dentro de uma caverna. “Eles fizeram coisas horríveis”, lembrou ele.
Após o episódio, a raiva de Ronaldo pelo pai só aumentou. Ele pensou que se tivesse tido uma família saudável, não passaria por tudo aquilo.
Acolhido em orfanato cristão
Foi quando uma mulher cristã encontrou o menino na rua e o levou para um orfanato evangélico. Diferente do centro juvenil, Ronaldo recebeu amor e comida, e ainda ouviu o Evangelho.
“Fiquei chocado quando ouvi que Jesus me ama. Por que ele me ama? O que eu fiz para ganhar o amor dele? Cheguei à conclusão de que precisava de Jesus para a minha salvação”, testemunhou ele.
O garoto aceitou a Cristo, mas lutou para obedecer o mandamento de perdoar. “Não, não posso perdoar meu pai”. Eu tenho um objetivo na vida. Tenho um projeto na vida. Devo voltar e acabar com aquele cara”, disse ele aos seus professores cristãos.
“Se você não perdoa os pecados das pessoas, Deus não pode perdoar você”, responderam eles.
Liberando perdão
Ronaldo viveu em conflito durante muito tempo. Aos 16 anos, ele reencontrou a mãe por acaso, enquanto brincava com os amigos na rua. “Uma voz dentro de mim me disse: essa é sua mãe”, contou.
A mulher reconheceu o filho que estava desaparecido há anos e o levou para ver o pai. “Eu queria ver meu pai. Eu queria ver se eu parecia com ele. Eu sabia que precisava enfrentar meu passado. Eu sabia que precisava perdoá-lo”, comentou.
O encontro entre eles foi dramático. “Quando meu pai me viu, seus olhos se arregalaram. Queria olhar nos olhos dele, mas não consegui. Eu não disse nada. Ele não disse nada. Apenas silêncio mórbido”, lembrou.
Até o que pai o desafiou: “Lembra quando você era criança e disse que voltaria para me matar? Você tem a chance agora”. Com uma faca no peito, ele colocou a mão do adolescenteno cabo e disse: “Me mate”.
"Eu estava tão bravo. Todo o meu corpo começou a tremer”, observou Ronaldo. Mas, o Espírito Santo lhe tocou nesse momento.
“Isso mesmo, eu disse que me tornaria um criminoso e voltaria e mataria. Mas no caminho, encontrei um amor maior do que qualquer coisa que você fez contra mim. Em nome de Jesus, eu te perdoo”, declarou ele.
Curado de seus traumas de infância, Ronaldo se tornou um homem cristão transformado pelo amor de Deus, diferente de seu pai.
“Eu queria que meus filhos me amassem. Queria que minha esposa me amasse”, explicou. Hoje, o cristão serve a Deus como missionário.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições