‘Orei para sobreviver com meu bebê’, diz mulher que foi soterrada grávida em Petrópolis

A tragédia de Petrópolis em 15 de fevereiro de 2022 devastou a cidade e deixou 235 mortos e dois desaparecidos.

Fonte: Guiame, com informações do GF1 e Diário de PetrópolisAtualizado: sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024 às 16:49
Maria Regina testemunha sobre seu milagre. (Foto: Captura de Tela/Inter TV RJ)
Maria Regina testemunha sobre seu milagre. (Foto: Captura de Tela/Inter TV RJ)

Maria Regina Gomes Alvim, de 21 anos, é uma sobrevivente da maior tragédia da história de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, que ocorreu em fevereiro de 2022.

Grávida de Felipe Miguel, na época, a mulher ficou soterrada em meio aos destroços provocados pela enchente.

"Eu lembro que só deu tempo de levantar, e, quando vi, a casa estava quebrando e caiu tudo", conta Maria Regina.

Ela relata que foi arrastada por mais de 50 metros pela lama, lutando por sua vida e pelo seu bebê.

"Eu estava sendo um tempo arrastada e precisava respirar. Eu orava ao Senhor o tempo todo que eu queria sobreviver, e que meu bebê sobrevivesse".

Passados dois anos da tragédia, Maria Regina conta o testemunho de sobrevivência dela e do filho, que classificou de “milagre”.

"Eu olho para ele assim e eu vejo um milagre. Hoje eu não tenho casa, não tenho nada, mas eu tenho a minha família", diz emocionada.

Tragédia

Maria Regina voltou ao bairro Caxambu, onde a casa de dois quartos foi totalmente destruída. Ela disse à InterTV que ficou em choque, mas o instinto materno falava mais alto.

"Eu realmente estava muito ferida, mas a minha maior preocupação era o bebê. Quando eu cheguei no hospital e vi que o bebê estava bem, foi a maior felicidade e aquele susto todo passou".

A mãe teve uma fratura no braço, além de escoriações pelo corpo, o que a obrigou a permanecer internada por 31 dias.

Maria Regina com seu bebê e equipe do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis. (Foto: Divulgação)

Durante a gravidez, houve a necessidade de cuidados especiais, porém, o pequeno Felipe Miguel nasceu cheio de saúde em 29 de agosto, no Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis, onde ela se recuperou da tragédia.

Felipe Miguel nasceu de parto natural com 3 quilos 450 gramas. Ele é o primeiro filho da Maria Regina e de Felipe Alvim, que não desistiu de acreditar.

"O principal é ter fé, eu sei que é difícil, mas eu levei tudo com mais leveza depois que eu acreditei que tudo ia dar certo", disse.

Hoje o pequeno Felipe Miguel, com um ano e cinco meses, representa esperança e um novo começo para sua família.

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