Na última terça-feira, o ex-técnico do Santos, Dorival Júnior participou do programa 'Bola da Vez', na ESPN e, entre outros assuntos, teve a oportunidade de falar sobre como ele vê a questão dos jogadores cristãos expressarem sua fé dentro do ambiente do clube.
O apresentador João Carlos Albuquerque aproveitou sua pergunta sobre o assunto para, de certa forma, criticar a atitude de jogadores que expressam sua fé diante das câmeras, em campo ou até mesmo entre seus colegas, no vestiário.
"Essa coisa de jogador, tudo agora é 'louvar a Deus', aos céus e oração, antes, durante e depois. Muita gente fala da 'panelinha da igreja' no vestiário. Isso cria atrito [dentro do clube]?", disparou o apresentador.
Dorival prontamente esclareceu que não há nenhum tipo de 'panelinha religiosa' dentro do clube e que os jogadores expressam sua fé de forma espontânea.
"Depende muito do ambiente do clube. O Santos nunca teve isso. O Santos tem esse grupo de oração, que a gente respeita. É que as pessoas não conhecem os detalhes, o dia a dia, como são...", respondeu Dorival.
João Carlos interrompeu o técnico ainda em certo tom de crítica: "Mas ninguém é santo, né?".
"De maneira nenhuma", respondeu o técnico. "Vivemos com os nossos defeitos, nossos problemas, nossas dúvidas, medos receios".
Dorival continuou rebatendo as perguntas do apresentador, enfatizando que esta atitude dos jogadores cristãos não interfere ou atrapalha o bom rendimento de um grupo como o Santos.
"Eu não acho que tem interferência. Primeiro, porque é tudo feito de uma maneira muito tranquila, não atrapalha", destacou Dorival.
"Não atrapalhou nas vitórias. Porque vocês não fazem esse tipo de pergunta quando o time está ganhando? Ou você acha que o Palmeiras também não tem um grupo de oração?", acrescentou o técnico, citando o rival paulista.
Dorival lembrou que iniciativas espontâneas como a dos jogadores do Santos, na verdade, são benéficas aos atletas, como seres humanos que são.
"Eu acho que isso só faz crescer o ser humano. Não tem um outro caminho", afirmou. "Aliás, acho que o nosso país vive este momento, porque nós deixamos de buscar a Deus".
O Santos atualmente já foi e ainda é o time de jogadores evangélicos conhecidos, como Ricardo Oliveira, por exemplo, que além de atleta, também é pastor e de Roberto Brum, que já pendurou as chuteiras.
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