Cursinhos promovem atividades focadas no Enem

Desde que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se tornou a principal forma de ingresso nas universidades públicas, no ano passado, instituições de ensino oferecem cursos preparatórios específicos para o exame. Seja em casa ou em cursinhos, muitos alunos já começaram a contagem regressiva para fazer as provas deste ano, marcadas para os dias 6 e 7 novembro.

É o caso de Artur Ramos, de 19 anos, morador de Santo André (Grande SP) que vai tentar pela terceira vez uma vaga no curso de medicina. Ramos diz que vai prestar alguns vestibulares, mas seu foco é o Enem, pois quer entrar em um das faculdades que selecionam os candidatos por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

''Comecei a estudar em março. Faço cursinho de manhã e à tarde e à noite, reviso as matérias. O cursinho é bom porque dá dicas e aulas focadas no Enem. Dessa vez vou tentar manter o ritmo dos estudos. O principal inimigo do vestibulando é o cansaço. No final do ano estamos esgotados'', afirma.

Quem pretende priorizar o Enem, assim como Ramos, tem algumas opções pela frente. O Cursinho Popular, em São Paulo, vai promover o Laboratório Intensivo Enem, a partir do dia 12 de julho. O intensivo será feito, em média, em cinco encontros. As turmas serão montadas em três períodos: manhã, tarde e aos sábados. Os estudantes das turmas de sábado pagam R$ 50 e os que fazem aulas durante a semana, R$ 90.

A proposta do laboratório é ajudar o estudante a conseguir entender a lógica da avaliação, bem como lidar com o tempo para resolver as questões, divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza.

"Trabalhamos conteúdos que só caem no Enem, como memória e patrimônio cultural. Em geral, este tipo de assunto não tem nos livros e nem nos cursinhos tradicionais", afirma Robson Muraro, coordenador pedagógico do Cursinho Popular.

Intensivo

O Cursinho Henfil, com unidades em São Paulo e em cidades da Grande São Paulo, oferece duas atividades voltadas para o Enem.

Os que preferem um intensivão, podem optar pelas aulas de revisão que ocorrem sempre aos domingos e têm dez horas de duração. A primeira, será no dia 27 de junho, nas unidades da Avenida Paulista e Guarulhos. Há 600 vagas em cada unidade.

O encontro ocorrerá todos os domingos, em unidades diferentes, até duas semanas antes do Enem. Para participar, o candidato precisa adquirir o material didático no valor de R$ 20.

Também há um curso mais longo, com aulas ministradas durante a semana que vão até o dia 29 de outubro, nas unidades do Cursinho Henfil da Avenida Paulista e das cidades de Guarulhos e Santo André, na Grande São Paulo. Apesar das atividades já terem começado os estudantes ainda podem se inscrever. O curso é pago.

O Cursinho da Poli que está em três unidades de São Paulo, nos bairros da Lapa, Santo Amaro e Itaquera, também terá uma programação específica para a avaliação do governo federal. No segundo semestre do ano, haverá um curso com dois meses e meio de duração baseado no conteúdo exigido pelo exame. O valor da mensalidade ainda não foi definido, porém a coordenadora geral do cursinho, Alessandra Venturi, garante que os custos serão baixos.

''Há os cursinhos tradicionais e os focados no Enem. O aluno tem de procurar o que mais precisa e ter sabedoria para absorver o máximo de conhecimento em qualquer lugar que estude'', diz Alessandra.

Dicas

O coordenador do Anglo Singular Santo André Clayton Figueiredo dá dicas de estudo para a prova. Confira:

- Invista em leitura e interpretação independente do conteúdo. Procure ler atualidades e relacioná-las com a matéria que estuda;

- Faça simulados e calcule o tempo utilizado para responder cada questão. A média ideal é gastar de três a quatro minutos para cada pergunta;

- Crie um cronograma de estudos. Comece com as disciplinas que têm mais dificuldades;

- Estude entre quatro a seis horas por dia, inclusive aos sábados;

- Treine também a parte emocional. Preocupe-se com alimentação e sono. Cobre-se em relação aos estudos, mas não sobre os resultados.

Por Vanessa Fajardo