Professores da rede estadual de São Paulo se revezam em uma vigília na Praça da República, na capital paulista, em frente à Secretaria Estadual da Educação. A categoria está em greve há duas semanas e pede que o governo tome providências para melhorar o ensino no estado. O grupo deve ficar acampado até a assembleia desta sexta-feira (27), na Avenida Paulista.
São Paulo tem 5.300 escolas e a capital, 1.085. O sindicato dos professores diz que 59% da categoria aderiu em todo o estado. Já a Secretaria de Estado da Educação diz que o movimento só tem apoio de 2,5% dos docentes. Na quarta-feira (25), o governador Geraldo Alckmin declarou que "não está tendo greve".
Entre as reivindicações da Apeoesp, que representa a categoria, estão reajuste salarial, melhores condições de trabalho e o fim da superlotação nas salas de aula. Os professores pedem aumento para equiparar o salário deles aos ganhos de outras categorias profissionais que têm ensino universitário, de acordo com o que prevê o Plano Nacional de Educação.
"Nós estamos discutindo, gostaríamos de discutir com o governo um plano de composição desse 75,33% que não é nenhum absurdo. É sair dos R$ 2.400 e ir para R$ 4.237", explicou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Levantamento do G1
Em meio à divergência entre governo e sindicato sobre o alcance da greve de professores estaduais de São Paulo iniciada na segunda-feira (23), e se há ou não greve, jornalistas do G1 visitaram na manhã de quinta-feira (26) 19 escolas da capital. O resultado: 2 estavam sem aula, 12 eram parcialmente afetadas e 5 tinham aulas normais (veja a relação aqui).
Em nota, a Secretaria da Educação disse que reconhece o "direito legítimo de paralisação", afirma que "não houve dispensa de aluno em nenhuma das unidades citadas" e que os pais "devem continuar a enviar seus filhos às aulas".
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