Sindicato diz que mais da metade dos professores estão em greve no estado

Apeoesp diz que 59% da categoria cruzou os braços em SP. Secretaria da educação fala em 2,4% de docentes em greve.

Fonte: globo.comAtualizado: quarta-feira, 25 de março de 2015 às 11:26
Greve de professores da rede estadual
Greve de professores da rede estadual

O sindicato que representa os professores estaduais de São Paulo, a Apeosp, afirma que 139 mil professores estaduais estão em greve, o que representa 59% da categoria. Já a Secretaria Estadual da Educação diz apenas 2,4% aderiram à paralisação na segunda-feira (23), como mostrou o Bom Dia São Paulo.

A reportagem fez um levantamento em várias escolas e observou que muitos alunos estão com atividades interrompidas, mas há unidades que mantêm rotina normal.

Na Escola Estadual Adolfo Casais Monteiro, em Interlagos, na Zona Sul, muitos alunos estavam fora do colégio nesta manhã de terça-feira (24). Embora funcionários tenham informado que as aulas estavam praticamente normais, os estudantes relataram que turmas do 1º ano do ensino médio estão sendo mais prejudicadas. Muitos disseram que só tiveram uma aula na segunda-feira (23) e devem ter apenas duas das seis previstas para esta terça.

Os professores querem um aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos), com jornada de 20 horas semanais de trabalho. Os professores protestam ainda contra fechamento de classes e contra salas superlotadas.

Na tarde de sexta-feira (20), a categoria decidiu manter a greve, que foi aprovada na sexta-feira (13). A categoria afirma que o governo ainda não abriu negociações salariais, apesar de quatro pedidos de audiência. Além disso, o sindicato alega que a Secretaria de Educação acenou com 10,5% de aumento para apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede. O governo diz que deu reajustes acumulados de 45% nos últimos quatro anos.

A Secretaria Estadual de Educação (SES) defende que houve valorização da categoria.

"Nos últimos quatro anos houve um aumento acumulativo de 45% o que elevou o piso salarial paulista ao patamar 26% maior do que o nacional. Os professores ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira", aponta a secretaria.

Ainda de acordo com a pasta, "mensalmente são R$ 700 milhões empenhados nos salários dos professores, uma média de R$ 8 bilhões anualmente".

 

 

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