Pesquisa do Datafolha mostra que Dilma perde mais eleitores do que Aécio para o 2º turno

Fonte: Paraiba.com.brAtualizado: segunda-feira, 13 de outubro de 2014 às 17:21

A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu para o rival Aécio Neves (PSDB) parte dos eleitores que votaram nela no primeiro turno, mostra pesquisa Datafolha.

O mesmo ocorre com o tucano, mas em percentual inferior ao dos votos perdidos pela petista.

Segundo levantamento Datafolha concluído na quinta-feira (9), se a eleição fosse nesse dia, 6% dos eleitores que afirmaram ter votado em Dilma Rousseff no primeiro turno escolheriam o tucano no segundo turno. No caso de Aécio Neves, a migração de votos para a petista seria de 2%.

Dilma Rousseff terminou o primeiro turno à frente, com 43,268 milhões de votos, ou 41,59% do total dos válidos. Aécio Neves teve 34,897 milhões de votos, 33,55% dos válidos.

Na última pesquisa do Datafolha, ambos aparecem em empate técnico nas intenções de voto para o segundo turno. O tucano, porém, está numericamente à frente, com 51% das intenções, contra 49% de Dilma.

É a primeira vez que ele lidera nas pesquisas do instituto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Dos que disseram ter votado em Dilma, 88% afirmaram que "com certeza" repetiriam o voto no dia 26 de outubro. Daqueles que optaram por Aécio, 91% permaneceriam fiéis.

Entre os dilmistas, 3% não sabiam em quem votar no pleito final das eleições presidenciais. No caso tucano, esse percentual era de 2%.

MIGRANTES

Os votos "migrantes" surgem com mais força agora. Antes do primeiro turno, os percentuais eram bem menores.

Pesquisa Datafolha finalizada em 30 de setembro mostrava que, num cenário em que os dois candidatos fossem para o segundo turno, 2% dos votos da petista iriam para o tucano, enquanto 1% dos eleitores dele migrariam para a candidatura do PT.

O Datafolha dá outra informação que mostra um grande contingente que pode estar disposto a mudar de voto. Entre os aecistas de primeiro turno, 14% dizem que talvez votassem em Dilma no segundo. O percentual de dilmistas que poderiam virar aecistas é o dobro: 28%.

Há empate entre aqueles que talvez mantivessem o voto no mesmo candidato: 8% para cada lado.

O crescimento dos eleitores de Dilma perdidos para Aécio no segundo coincidem com o aparecimento de novas denúncias envolvendo a Petrobras.
O ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef apontaram em interrogatório à Justiça que desvios de recursos da empresa abasteciam o caixa do PT e dos PP e PMDB. O PT nega. Porém, não há como afirmar que a razão desse comportamento é o escândalo da Petrobras -ou apenas ele.

É comum haver eleitores que mudam de escolha de um turno para outro. Em 2006, por exemplo, o então candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu menos votos no segundo turno do que havia tido no primeiro. Naquele ano, ele perdeu 2,4 milhões de eleitores, e Lula (PT) foi reeleito presidente.

Também há eleitores que rechaçam uma das candidaturas e que votam em quem não é de sua preferência para que outrocandidato não tenha chance de vencer.

Seria o caso, por exemplo, de eleitores que optariam por Aécio para evitar que Marina fosse à disputa final, temendo que ela saísse vitoriosa, e que no segundo turno escolhessem o PT.




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