O técnico Ricardo Gareca foi apresentado como novo técnico do Palmeiras no início da tarde desta sexta-feira na Academia de Futebol. Anunciado na última quarta-feira, o treinador concedeu sua primeira entrevista coletiva, falou sobre sua primeira experiência no futebol brasileiro e já avisou que aguarda a chegada de reforços.
- (O presidente Paulo) Nobre me prometeu - afirmou o novo comandante, que chega com dois auxiliares: Sergio Santín e Nestor Bonillo.
O argentino foi presenteado pelo presidente com uma camisa 9 e uma carteirinha do Avanti, programa de sócio-torcedor do Palmeiras. Ele assinou contrato com o clube alviverde até 30 junho de 2015.
- Vim ao Brasil com a expectativa de triunfar. A partida (contra o Figueirense) foi boa, e foram três pontos importantes do Palmeiras. A equipe esta bem e fez um bom trabalho, no geral - disse Gareca.
Na última quinta-feira, o treinador acompanhou dos camarotes da Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, a vitória do Verdão sobre o Figueira, por 1 a 0. Com o bom desempenho do interino Alberto Valentim no comando da equipe - são quatro vitórias em quatro jogos desde a saída de Gilson Kleina -, Gareca vai assumir o time somente após a Copa do Mundo.
Antes da apresentação, o treinador foi recepcionado por alguns torcedores na Academia de Futebol. Assim como já fez em outra oportunidades, o clube escolheu membros mais assíduos do Avanti para participarem do evento na Academia de Futebol.
Confira as respostas do treinador em sua primeira entrevista no Palmeiras:
Boatos sobre não gostar da cor verde
- É falso (que não gosto de verde), senão, eu não teria vindo ao Palmeiras.
Quando assume
- Quando os jogadores voltarem das férias. Agora termina o Alberto (Valentim). Vou ver os jogos, de Porto Alegre volto à Argentina, e depois retorno com os atletas. A partir daí, assumo o Palmeiras.
Adaptação ao time
- Não há nenhum período de adaptação. Conversei com os dirigentes sobre observar os últimos jogos do Palmeiras. Vai servir para mim e para o meu corpo técnico, Nestor e Sergio, observarmos os jogos. Todas essas informações serão necessárias para ter adaptação. Quando voltar das férias, já saberei tudo.
Reforços
- Não posso falar sobre nomes agora. Temos de resolver com os dirigentes, mas vamos vendo aos poucos. O Paulo me prometeu reforços, não sei quantos, nem quais. Mas de dinheiro não falo.
Segredo de técnicos argentinos
- Não temos segredos. Gostamos do futebol brasileiro. Admiro Felipão, Luxemburgo, Muricy Ramalho, Tite. Admiramos os técnicos brasileiros. Não trago nada novo. Nós tratamos de vencer em um futebol tão importante, assim como uma equipe importante como o Palmeiras. É o maior vencedor nacional do Brasil. Vamos nos adaptar ao Palmeiras, e não o contrário. A história do clube é muito maior do que a minha. Como treinador, não vou trazer nada que vocês não conheçam. Eu venho aprender sobre o futebol brasileiro, que está acima. Gosto e quero ganhar. Quero ficar na história ganhando algo, espero que possa conseguir.
Trabalhar com as categorias de base
- Com o tempo. É um processo. No Palmeiras e no Vélez se necessita ganhar. Precisa dar tempo aos jovens. Se vejo um com possibilidade de jogar, vai jogar. A prioridade é vencer e ganhar.
Paciência com técnico estrangeiro
- Não quero que me deem nada de presente. Nem vocês, nem a torcida. Tenho de ganhar. Se ganhar títulos, melhor. Minha expectativa é essa. Sei a importância do Brasil. Tenho 20 anos de carreira como técnico. Não sou um improvisado. Estou preparado para dirigir um time como o Palmeiras. Isso não significa que terei bons resultados. Mas estou preparado para esse desafio.
Surpresa vir para o Brasil
- É uma possibilidade que me dão muita boa. Dirigir um time no Brasil não é para qualquer um. E não é habitual para um estrangeiro. Agradeço a oportunidade que me dão. Espero corresponder à altura da exigência de um clube como o Palmeiras.
Pouco tempo de contrato
- Considero o tempo suficiente para demonstrar o meu trabalho. Ficar ou não depende da conversa com os dirigentes, e eu se vou querer continuar. Um ano é o tempo suficiente.
Favoritismo na Copa do Mundo
- Quero que ganhe a Argentina, sou argentino. Mas o Brasil é o país-sede e tem a obrigação de ganhar, por sediar a Copa. A expectativa que gera em vocês e na torcida é essa. Mas quero que a Argentina ganhe.
Esquema tático
- A tática é importante, mas tenho de olhar o time. De uma forma geral, gosto da linha de quatro defensores, mas tenho de observar. Um time precisa ser organizado taticamente em campo. Se não há isso, é muito difícil. O futebol requer isso.
Alguma recordação do Palmeiras?
- Conheço de ter visto, mas não lembro de ter enfrentado como jogador. Conheço mais do que tudo como espectador. Não tenho muita informação além do que estou conhecendo neste momento. Conheço a história forte, a época importante. Mas lembro mais da minha época e do Felipão, quando ganhou a Libertadores. Mais do que isso, não.
Promessa de títulos
- Eu não posso prometer títulos, pois vivo o presente. Só posso prometer que vou deixar tudo o que posso à disposição do Palmeiras. Mas, claro, que espero conseguir títulos.
Possível saída de Valdivia depois da Copa
- Não vou falar de jogadores. Neste momento, não posso falar de nenhum. A partir do que vejo e escuto do jogador, analisarei. Não posso dar informação de quem sai e quem chega.
Estilo de estrela do rock
- Vi alguns apelidos que me colocaram, mas não quero falar disso. Falo do estilo de jogador. Gosto do jogador que jogue bem. Vou falar com eles e definir uma maneira de jogar. Quero definir o quanto antes. E quero que sejamos protagonistas. Palmeiras deve ser protagonista não só em casa, mas também como visitante.
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