A Grécia anunciou nesta quarta-feira, 3, a suspensão do transporte aéreo de correspondência internacional por 48 horas depois do envio, para diversos endereços na Europa, de mais de dez pacotes suspeitos de conter material explosivo. O governo diz que a suspensão permitirá testar a segurança do sistema.
Um grupo de extrema esquerda é o principal suspeito de ter enviado os pacotes e a polícia procura por cinco homens com menos de 30 anos de idade.
Os pacotes foram enviados para embaixadas em Atenas, organizações internacionais e líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel. Na manhã desta quarta-feira, a polícia de Atenas esteve investigando um pacote suspeito na embaixada argentina.
O premiê grego, George Papandreou, disse que será "impiedoso com os que tentam em vão perturbar a paz social com atos terroristas e manchar a imagem internacional de nosso país durante um momento já muito difícil".
Bombas
Um avião de carga, que carregava um pacote considerado suspeito vindo de Atenas e endereçado ao premiê italiano, Silvio Berlusconi, foi desviado para o aeroporto de Bologna na noite de terça-feira. Quando examinado, o pacote incendiou-se sem ferir ninguém. Seu conteúdo está sendo examinado.
Também na noite de terça-feira, duas bombas foram destruídas em explosões controladas no terminal de carga do aeroporto de Atenas. Elas eram endereçadas à sede da agência policial europeia Europol, na Holanda, e à Corte Europeia de Justiça em Luxemburgo.
No mesmo dia,outras duas bombas explodiram nas embaixadas de Rússia e Suíça e vários outros pacotes suspeitos foram destruídos.
Ninguém ficou ferido neste segundo dia do que parece ter sido uma campanha iniciada na segunda-feira, quando foram encontrados quatro pacotes com bombas em Atenas.
Suspeito
Na segunda-feira, a polícia prendeu dois suspeitos, de 22 e 24 anos, e apreendeu duas bombas, uma endereçada ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e outro à Embaixada da Bélgica.
Suspeita-se que os detidos façam parte do grupo de esquerda Conspiração das Células do Fogo, que participou dos protestos de 2008 contra o governo grego e defende a revolução no país.
A Grécia está tentando sair da grave crise financeira e, pressionada pela União Europeia e pelo FMI, adotou medidas de austeridade para conter o seu déficit.
Correspondentes dizem que as bombas aumentam a tensão no país às vésperas das eleições regionais deste final de semana.
O pleito é considerado um referendo sobre a forma com a qual o governo socialista do premiê George Papandreou lidou com a crise econômica.
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