Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 16 ficaram feridas nesta quarta-feira (31) após explosão de carro-bomba na entrada de uma mesquita na cidade paquistanesa de Quetta, durante a festa de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã.
A bomba, colocada em um automóvel estacionado em frente à mesquita, explodiu quando os fiéis saíam do centro religioso após participarem das orações, segundo a emissora paquistanesa "Express".
Citado por essa emissora, o secretário de Interior do Paquistão , Nasibulá Bazai, não descartou a hipótese de se tratar de um atentado suicida e acrescentou que vários especialistas das forças de segurança estão investigando o caso.
A explosão destruiu mais de dez veículos e várias casas nas imediações.
Carro-bomba explode em frente a uma mesquita em Quetta, no Paquistão,
e deixa cinco mortos e dez feridos. (Foto: Banaras Khan / AFP Photo)
Os feridos foram levados a diferentes hospitais, nos quais foi declarado estado de emergência. A polícia isolou a área. Segundo a Express TV, a mesquita está situada na zona de Murriabad, habitada sobretudo por integrantes da seita islâmica xiita, minoritária no Paquistão e alvo de ataques por parte dos talibãs e de outros grupos radicais do credo majoritário, o sunita.
Após a explosão, os líderes da comunidade xiita na região anunciaram luto de sete dias para condenar o ataque, e grupos de fiéis se juntaram na zona e levantaram a voz contra o governo paquistanês.
O atentado foi condenado pelo primeiro-ministro do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, que enviou em comunicado suas condolências às famílias das vítimas e pediu às autoridades uma ação decidida para atender os feridos da melhor forma possível.
Quetta, capital da conflituosa província paquistanesa do Baluchistão, é cenário frequente de atentados terroristas e da ação de organizações étnicas.
O Baluchistão é a província mais extensa do país asiático, e, embora conte com reservas de recursos naturais, é também a mais despovoada e empobrecida.
Há décadas agem na província vários grupos nacionalistas armados que buscam a independência do Paquistão e uma maior autonomia para a região. Há ainda integrantes de facções talibãs com alvos no vizinho Afeganistão .
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