Britânica que perdeu pernas fala sobre ser mãe e correr maratonas

Clare com o marido, Chris, e a filhaAlexcia, de um

ano e meio de idade (Foto: BBC)

    Uma britânica que perdeu ambas as pernas após contrair meningite 10 anos atrás disse à BBC que se considera 'muito sortuda' por ter duas filhas e que tem orgulho de ter conseguido completar diversas maratonas e corridas.

Na época da doença, Clare Forbes tinha 17 anos. Ela chegou a ficar em coma por seis meses após um derrame e teve infecção hospitalar, hemorragia interna e septicemia.

'Quando eu finalmente saí do coma, eu fui tocar no meu tornozelo e não havia nada lá. Como não podia falar, porque tinha uma traqueostomia, escrevi num papel: 'Cadê minhas pernas?'', conta Clare.

As pernas haviam sido amputadas para salvar sua vida. Os médicos disseram que ela talvez nunca mais conseguisse andar ou falar.    

Britânica que perdeu ambas as pernas após

contrair meningite (Foto: Arquivo pessoal)

  Maratonas

Nos anos seguintes, Clare aprendeu a andar usando pernas protéticas e, depois de muito treinamento, conseguiu completar as maratonas de Londres, Nova York e Las Vegas, levantando milhares de libras para instituições de caridade.

Ela também realizou mais um sonho que os médicos disseram a ela ser impossível: o de se tornar mãe. Há dois anos e meio, ela conheceu seu parceiro, Chris, e hoje tem duas filhas: Alexcia, de um ano e meio, e Savanna-May, de seis meses de idade.

'Eu achei que a primeira (filha) tinha sido um milagre, mas a segunda... Eu não sei, acho que tenho muita sorte em ter duas filhas', disse Clare.

A mãe de Clare, Karen, diz que acha 'incríveis' as conquistas da filha e que ela faz questão de sempre 'provar que os médicos estavam errados'.     Clare durante salto de paraquedas (Foto: Arquivo

pessoal)     Salto alto

Clare tem vários pares de pernas protéticas, incluindo um para usar salto alto e outro para correr.

Ela diz que durante a gravidez usava as próteses todos os dias para se manter em forma e buscava se alimentar de maneira saudável. Segundo ela, a única coisa que não foi possível fazer foi amamentar as filhas, devido aos medicamentos que ela precisa tomar.

'Não tenho ilusões sobre a dificuldade que vou enfrentar no dia a dia para criar minhas filhas. Mas como todos os problemas que enfrentei, esse será mais um que vou superar.'