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Capitão do Concordia ignorou ordem de voltar a bordo, diz imprensa

Capitão do Concordia ignorou ordem de voltar a bordo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:17

Um telefonema gravado entre a capitania dos portos e o comandante do Costa Concordia, que naufragou na noite de sexta-feira passada no litoral italiano, revela que Francesco Schettino se negou a voltar ao navio para liderar a evacuação dos passageiros, informa a imprensa italiana nesta terça-feira (17).
Exatamente à 1h46 (local), quando centenas de pessoas ainda permaneciam no navio, um oficial da capitania ordenou ao capitão Schettino que voltasse ao Costa Corcordia.
"Agora vá até a proa, suba pela escada de socorro e coordene a evacuação. Você precisa nos dizer quanta gente ainda está lá, se há crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria".

"O que você está fazendo? Abandonou o socorro?" - pergunta o oficial. "Capitão, é uma ordem, eu estou no comando agora e você, que declarou abandono do navio, precisa ir até a proa, voltar a bordo e coordenar" a retirada dos passageiros.

O oficial da capitania pergunta se "há mortos" e Schettino responde: "quantos?" O oficial se irrita e emenda: "É você que deve me dizer se há mortos. O que está fazendo? Quer ir para casa?"

"Agora você volta lá e nos diz o que podemos fazer, quantas pessoas há, quais são suas necessidades" - ordena o oficial da capitania.
Segundo testemunhas, o capitão Schettino já estava em terra antes da meia-noite, provavelmente por volta das 23h40 locais.
De fato, em um primeiro telefonema, à 0h42, o capitão diz uma frase comprometedora ao falar por telefone com a capitania: "não podemos subir a bordo por que o navio está inclinando pela popa".
"Capitão, você já abandonou o navio?" - reage o oficial da capitania, ao qual Schettino responde: "Não! É claro que não."
Segundo a imprensa italiana, a investigação da capitania do porto de Livorno revela que ocorreu um "motim" da tripulação, que decidiu pela evacuação do navio diante da falta de ação de Schettino.
O capitão afirma que jogou o navio na ilha de Giglio para salvar os passageiros, após bater em um rochedo que não constava das cartas náuticas.

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