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Chilena defende aproximação com movimento estudantil brasileiro

Chilena defende aproximação com movimento estudantil brasileiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

A líder estudantil chilena Camila Vallejo afirmou nesta quarta-feira (31), em Brasília, que veio ao Brasil para conhecer a experiência do movimento estudantil brasileiro. Em discurso em frente ao Banco Central, ela defendeu que a relação dos estudantes com a sociedade está mais avançada no Brasil e que a realidade local serve de lição para o Chile .

A líder estudantil chilena Camila Vallejo durante manifestação nesta quarta-feira (31)

em Brasília (Foto: Elio Rizzo/Futura Press)

  “No Brasil, o movimento se articulou com a sociedade e o governo ao longo da história e teve conquistas, ainda que pequenas. No Chile, vivemos há anos um descontentamento muito grande e só agora conseguimos uma aproximação com a sociedade”, comparou.

Os estudantes chilenos protestam há cerca de dois meses pela gratuidade da educação superior. Na semana passada, eles se uniram a grevistas da maior central sindical do país numa paralisação de dois dias que terminou com mais de 1.400 detidos, 200 feridos e um adolescente morto. A polícia assumiu a culpa pela morte do jovem , e o governo chamou os estudantes para negociar.

Camila Vallejo participa de manifestação da União Nacional dos Estudantes (UNE) que defende investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Hoje são investidos cerca de 5%. O protesto da UNE também pede que 50% do fundo social do pré-sal sejam repassados somente para a educação e que as taxas de juros brasileiras sejam reduzidas.     De acordo com Camila, as principais queixas dos estudantes chilenos são o preço das universidades e a qualidade do ensino, que não se relacionam com o mercado de trabalho.

Manifestação

Os manifestantes realizaram uma lavagem simbólica da entrada do Banco Central. O ministro do Esporte, Orlando Silva, passava peloi local e conversou com alguns manifestantes. Ele apoiou o protesto.

“Todo o investimento em educação no Brasil é pouco. Precisamos ampliar o acesso e aumentar a qualidade. Se tenho a chance de defender os interesses dessa classe, sempre defendo. A reinvidicação de 10% do PIB para a educação é mais do que justa, é necessária", disse o Orlando Silva.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, participou da Marcha dos Estudantes

 pela Educação nessa quarta (Foto: Naiara Leão / G1)

  Por volta das 10h, eles seguiram para o Congresso Nacional, onde pretendem se reunir com lideranças. Os estudantes chegaram a entrar no espelho d´água em frente ao Congresso.

Eles também tentarão se encontrar com a presidente Dilma Rousseff para entrega de uma carta com reivindicações.

A manifestação em Brasília encerra o “Agosto Verde Amarelo”, uma jornada nacional formulada pela UNE e que resultou em série de manifestações, ocupações e atos públicos em diversas regiões do país.

Estudantes entram em espelho d´água em frente ao Congresso (Foto: Alexandro Martello / G1)                

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