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China eleva em mais de 11% gasto militar, que passa de US$ 100 bilhões

China eleva em mais de 11% gasto militar, que passa de US$ 100 bilhões

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:15

Reuters

Orçamento é o primeiro desde que presidente dos EUA lançou política para reforçar influência americana na Ásia e no Pacífico

A China aumentará seu gasto militar em 11,2%, anunciou neste domingo o governo, revelando o primeiro Orçamento da Defesa do país desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma política para reforçar a influência americana na Ásia e no Pacífico.

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Foto: AP

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A elevação anunciada pelo porta-voz do Parlamento chinês, Li Zhaoxing, levará os gastos oficiais com o Exército a 670,3 bilhões de iuans (US$ 110 bilhões) em 2012, após um aumento de 12,7% no ano passado e uma série quase perfeita de crescimentos de dois dígitos nos últimos 20 anos.

Especialistas internacionais apostam que o orçamento público de Pequim é menor do que o gasto real em modernização militar, o que enervou os vizinhos asiáticos e causou repetidos apelos de Washington para que a China compartilhe mais sobre as suas intenções.

Li afirmou que o mundo não tem nada a temer, e que os recursos gastos são baixos em relação ao Pentágono.

"Você pode ver que temos 1,3 bilhão de habitantes, um grande território e uma longa costa, mas nossos gastos de Defesa são pequenos se comparados aos de outros grandes países", afirmou Li em coletiva antes da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, a legislatura controlada pelo Partido Comunista e que aprovará o orçamento.

"O limitado poder militar da China tem o fim de preservar a soberania nacional, a segurança e a integridade do território", afirmou Li, ex-ministro das Relações Exteriores. "Fundamentalmente, não há ameaças para outros países."

Os vizinhos asiáticos, contudo, estão apreensivos com a expansão militar de Pequim, e esse novo aumento de dois dígitos pode reforçar as preocupações no Japão, na Índia, no Sudeste Asiático e em Taiwan, que tem sua própria administração, mas que a China considera parte do seu território.

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Obama procurou assegurar aos seus aliados asiáticos que os Estados Unidos continuarão sendo importantes na região, e o Pentágono afirmou que "rebalanceará a região da Ásia-Pacífico".

"Onze por cento para o orçamento de Defesa da China é o que eu caracterizaria como um aumento relativamente considerável", disse C. Uday Bhaskar, ex-diretor do Instituto Indiano para Estudos de Defesa e Análises, em Nova Délhi.

O orçamento americano proposto por Obama para o ano fiscal de 2013 prevê ao Pentágono de US$ 525,4 bilhões, cerca de US$ 5,1 bilhões a menos do que o aprovado para 2012.


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