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Condenado pai que jogou filha de ponte após disputa por guarda

Condenado pai que jogou filha de ponte após disputa por guarda

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:50

A Justiça condenou por assassinato o pai de uma menina de quatro anos que morreu após ser jogada de uma ponte de 58 metros de altura em Melbourne, na Austrália .

Arthur Freeman, cuja defesa alegou que ele não estava em controle de todas as suas faculdades mentais quando o crime aconteceu, em janeiro de 2009, foi acusado de lançar sua filha em queda livre 'como uma boneca de trapo' por causa de uma disputa conjugal.

O caso chocou a Austrália e colocou o sistema judicial do país sob as críticas de ter ignorado os alertas e negligenciado a segurança da menina, Darcey, e seus dois irmãos, Ben e Jack, de seis e oito anos na época.

Em plena hora do rush - às 9h da manhã do dia 29 de janeiro de 2009 - Arthur, 37, parou seu carro no meio da ponte West Gate, deixou o pisca-alerta ligado e jogou a filha no rio Yarra.

Os irmãos da menina estavam no carro e, segundo especialistas psiquiátricos, terão de passar a vida lutando contra o trauma causado pelo episódio.

Momentos antes, ele havia ligado para a mãe da Darcey, Peta Barnes, com quem havia permanecido casado por sete anos.

'Dê adeus aos seus filhos', dissera Arthur, segundo uma das evidências apresentadas no processo e reproduzida no site do jornal 'Sydney Morning Herald'.

A câmera de um caminhão que passou ao lado do carro poucos minutos antes do incidente mostrou o intenso fluxo de veículos na hora do crime.

Alguns motoristas ligaram para a polícia, mas as testemunhas disseram que os eventos se desenrolaram muito rapidamente para agir.

Condenação

Arthur Freeman foi condenado após a análise de dezenas de relatos de testemunhas apresentados na Suprema Corte do estado de Victoria.

Os psiquiatras que prestaram depoimento durante o julgamento afirmaram não haver razões para crer que o pai estivesse fora de suas capacidades mentais quando agiu.

Darcey morreu de ferimentos internos graves e em virtude de afogamento. A equipe de resgate tentou ressucitar a menina por 45 minutos, mas ela morreu no hospital.

'Ninguém teve oportunidade de intervir. Tudo aconteceu rápido demais', disse, à época, o detetive Steve Clark, responsável pelo caso.

'É uma série de circunstâncias terríveis. Muitas vezes você pensa que viu tudo, mas não viu.' Após jogar a própria filha para a morte, Arthur conduziu seu carro para o complexo de tribunais federais em Melbourne, onde permaneceu soluçando sem parar até ser preso, segundo relatos da segurança.

Durante o julgamento, a acusação sustentou que o crime foi uma vingança cometida pelo pai em retaliação a uma separação traumática.

O governador do Estado de Victoria negou as acusações de que o governo tivesse ignorado os alertas da família e afirmou que não havia registros de contatos prévios entre familiares de Darcey e as autoridades competentes.

À época, o então primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, acolheu uma ideia da família de criar uma data para homenagear 'as crianças que saíram cedo de nossas vidas'.

Mais de 150 mil pessoas registraram-se para fazer parte de um grupo de tributo a Darcey Freeman no site social Facebook.      

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