MENU

Mundo

Confrontos na Praça Tahrir, no Egito, entram no quinto dia

Confrontos na Praça Tahrir, no Egito, entram no quinto dia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:17

Soldados e policiais egípcios abriram fogo e usaram cassetetes e gás lacrimogêneo pelo quinto dia consecutivo, nesta terça-feira (20), para tentar retirar da praça Tahrir, no centro do Cairo, manifestantes que se opõem ao regime militar, em meio a uma crescente preocupação internacional com a violência no Egito .

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, qualificou de "chocantes" incidentes como aquele em que dois soldados egípcios foram filmados arrastando uma manifestante pela camisa, expondo suas roupas íntimas, e então agredindo-a com chutes e cacetadas.

"Essa degradação sistemática das mulheres egípcias desonra a revolução, desgraça o Estado e seu uniforme, e não é digna de um grande povo", disse Hillary em discurso na Universidade Georgetown, em Washington.

Manifestantes atiram pedras em militares na Praça Tahrir, no Cairo, nas primeiras horas desta terça (20) (Foto: AP) O general Adel Emara, membro da junta militar que assumiu o poder após a deposição do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, disse na segunda-feira que o ataque contra a manifestante foi um incidente isolado, que está sendo investigado.

Os EUA, que viam o Egito como um sólido aliado na era Mubarak, dão ao país US$ 1,3 bilhão por ano em ajuda militar.

Ao alvorecer, disparos foram ouvidos na praça Tahrir, onde os manifestantes tentavam resistir ao avanço de centenas de soldados e policiais, segundo relatos de ativistas e de um jornalista da Reuters no local.

Após uma noite de confrontos, centenas de pessoas continuavam na praça pela manhã, mas o trânsito ainda fluía no local.

Fontes médicas disseram que 13 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas desde sexta-feira na praça Tahrir e ruas próximas. Os generais e seus assessores têm condenado os manifestantes, às vezes em termos extraordinariamente duros.

Os confrontos ocorrem em meio às eleições parlamentares no Egito, um processo de seis semanas que vai até 11 de janeiro. Mas o Exército prometeu que a transição para um governo civil será mantida, culminando com uma eleição presidencial em junho.        

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições