MENU

Mundo

Dia de Jerusalém é festejado com fervor por 30 mil israelenses

Dia de Jerusalém é festejado com fervor por 30 mil israelenses

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:12

Uma marcha para celebrar o 45º aniversário da "reunificação" da cidade de Jerusalém reuniu neste domingo cerca de 30 mil israelenses, em sua maioria jovens da direita nacionalista, que passaram, inclusive, por bairros palestinos ocupados. O evento acabou com a prisão de dez judeus e quinze palestinos.

A manifestação começou na parte judia da cidade e cruzou o bairro muçulmano da Cidade Antiga até o Muro das Lamentações. Em um ambiente de provocação, poder e fervor nacionalista, alguns participantes passaram pela parte islâmica entoando cânticos direitistas, batendo portas de casas e de comércios e agitando bandeiras, observados por um grupo de palestinos.

No entanto, os lemas dos manifestantes, em geral, respeitaram o compromisso de não entoar cânticos abertamente racistas. A manifestação celebrava o 45º aniversário da "reunificação" da cidade, que entre 1948 e 1967 esteve dividida entre uma parte ocidental em mãos israelenses e outra oriental em mãos jordanianas.

 

O primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu aproveitou a data para anunciar a construção na cidade de lugares bíblicos que explicarão a conexão dos judeus à Terra da Bíblia. Netanyahu, que esta noite visitará o centro de estudos Harav Krugliak, sede do sionismo religioso, disse que se a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do Islã, passasse para outras mãos seria difícil "evitar uma guerra religiosa".

Enquanto isso, o chefe negociador da palestina, Saeb Erekat, interpretou a passagem da manifestação pelo território palestino como uma prova de que a paz não faz parte da agenda do Governo israelense. "Este comportamento reflete a mentalidade de um colonizador mais que a de um suposto parceiro para a paz. Sem Jerusalém Oriental, não haverá Estado palestino", ressaltou em comunicado.

Neste domingo, foi registrada a prisão de dez judeus, por cantar slogans racistas, e cinco palestinos, por lançar objetos aos participantes, segundo a Polícia israelense. Também houve outros incidentes, como a tentativa de um palestino de apunhalar a um soldado na Cisjordânia. O atacante ficou ferido gravemente ao ser rendido pelos militares.

Segundo os dados divulgados pelo escritório central de estatísticas divulgados por causa desta data, Jerusalém tem 801 mil habitantes, 62% judeus, 35% muçulmanos e 2% cristãos.

Nos bairros palestinos, 78% dos habitantes vive abaixo da linha de pobreza, resposta do "abandono" das autoridades israelenses, segundo um relatório divulgado neste domingo pela Associação de Direitos Civis em Israel.



Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições