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Egito faz protestos em massa após Mubarak ter transferido poder ao vice

Egito faz protestos em massa após Mubarak ter transferido poder ao vice

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:56

Manifestantes contrários ao governo do presidente do Egito , Hosni Mubarak, prometiam tomar as ruas do Cairo nesta sexta-feira (11), um dia após o líder ter transmitido os poderes presidenciais de fato para o vice, Omar Suleiman.

Egípcios se reuniam na frente do palácio presidencial para pedir sua saída do poder e ameaçavam invadir o prédio. O Exército, que guarda o palácio, observava, mas não tentava impedir os manifestantes.

Não estava claro se Mubarak estava no local.

Os protestos prometiam se intensificar depois das tradicionais orações de sexta-feira. A oposição quer levar 20 milhões de pessoas às ruas das principais cidades, neste 18º dia de protestos.     O Conselho Supremo das Forças Armadas, presidido pelo ministro da Defesa, general Mohamed Husein Tantaui, estava reunido desde o início da manhã e deveria, após o encontro, emitira um comunicado ao povo egípcio. Até agora, não está claro qual é o posicionamento dos militares na crise.

Discurso Na véspera, Mubarak frustrou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso na TV, que pretende continuar no governo até setembro, à frente da transição de poder. Ele também disse que iria transferir poderes ao seu vice, Omar Suleiman.

Sameh Shoukr, embaixador do Egito nos EUA, explicou que Mubarak transferiu todos os poderes da presidência para seu vice, mas permanece do chefe de Estado "de jure" (de direito). Questionado pela rede CNN se Mubarak continuava chefe de Estado, Shoukry explicou: "Ele continua chefe de estado de jure (de direito). Suleiman é o presidente 'de fato'", disse. O embaixador disse que esta versão lhe foi contada pelo próprio Suleiman. A decisão de Mubarak de ficar durante a transição irritou ainda mais a população local. Milhares de pessoas passaram a noite na praça Tahrir.

Em um discurso de tom patriótico, Mubarak afirmou que a transição no Egito em crise vai ocorrer "dia após dia"  até as eleições presidenciais marcadas para setembro. Ele prometeu proteger a Constituição durante todo o processo. Mubarak disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.

O presidente afirmou que iria transferir poderes a Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.

Em discurso posterior ao de Mubarak, Suleiman, -que já vinha liderando as negociações com a oposição- se comprometeu a tentar fazer "uma transição pacífica de poder" e pediu que os manifestantes acampados no Cairo voltem para casa. A transferência de poder ao vice, segundo o ex-general, seria uma demonstração de que as reivindicações dos manifestantes estavam sendo respondidas pelo diálogo, e que as conversas com a oposição levaram a um "consenso preliminar" para resolver a crise.      

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