O "Estado Islâmico" (EI) libertou 270 dos 400 civis que foram sequestrados no último domingo, 17, na cidade de Deir ez-Zor, na Síria. A informação é do Observatório Sírio dos Direitos Humanos que afirmou nesta quarta-feira, 20.
Entre os reféns que foram libertados estão mulheres, crianças e idosos. Eles haviam sido capturados durante um ataque da organização extremista a uma região controlada pelo governo. De acordo com a organização de monitoramento, os combatentes do EI ainda prenderam um grupo de 50 homens na terça-feira, 19, após invadir suas casas.
Rami Abdel Rahman, ativista que coordena o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, afirma que o grupo mantém homens com idades entre 14 e 55 anos como prisioneiros para interrogações. "Aqueles que eles acharem que têm ligação com o governo serão punidos e aqueles que não precisam participar de cursos sobre a interpretação do grupo sobre o Islã", pontuou.
Condições
Apesar de livres, os civis libertados são obrigados a permanecer em vilas controladas pelo "Estado Islâmico" na província de Deir ez-Zor. O local faz fronteira com o Iraque. O grupo extremista possui o controle da maior parte dessa região e desde março promove ataques para tentar tomar regiões que ainda estão nas mãos do governo.
As tropas do presidente Bashar al-Assad ainda têm o poder sobre o aeroporto militar, uma brigada do Exército, e os bairros Al-Yura e Al-Qusur, todos no oeste da cidade, onde estima-se que vivem entre 250 mil e 300 mil pessoas. Elas estão cercadas há mais de um ano pelos jihadistas.
O conflito na Síria já dura quase cinco anos. Desde o início da guerra civil, em 2011, mais de 250 mil pessoas foram mortas no país, segundo as Nações Unidas.
Confira a matéria da Euronews
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