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Humilhação virtual pode afetar maioria dos jovens nos EUA

Humilhação virtual pode afetar maioria dos jovens nos EUA

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:30

Mais de metade dos adolescentes dos Estados Unidos pode estar sofrendo com o problema da intimidação virtual, que talvez seja tão grave ou até pior do que sofrer agressões físicas na escola. A persistência dos ataques e a devastação emocional que causam podem resultar até mesmo em suicídio. Quer seja por meio de e-mails, serviços de mensagens instantâneas, celulares, mensagens de texto ou em sites, a intimidação virtual está se tornando um problema sério.

Nos últimos 10 anos, 37 dos Estados americanos adotaram leis que impõem às escolas criar normas contra essa questão. "A questão está se tornando algo que as pessoas vêem como significativo, à medida que mais e mais estudantes falam a respeito e que, infelizmente, se tornam mais comuns casos de suicídio ou de estudantes que causam ferimentos a eles mesmos por conta disso", disse Dan Tarplin, diretor educativo em Nova York da Anti-Defamation League (ADL), que combate o anti-semitismo e todas as formas de intolerância.

Ao contrário das brigas e da intimidação física que podem ocorrer em uma escola, Tarplin diz que o anonimato da mídia eletrônica pode tornar os agressores mais ousados, e sua onipresença permite que um comentário desagradável, uma declaração áspera, uma foto ou vídeo pouco lisonjeiros sejam exibidos a grande número de pessoas instantaneamente.

"Com as formas eletrônicas de intimidação, não existe refúgio", disse Scott Hirschfeld, diretor de currículo e treinamento na divisão de educação da ADL, que criou seu programa a fim de conscientizar as pessoas sobre formas de combater a intimidação virtual. "A agressão acontece 24 horas por dia. Está sempre online. Mesmo que a vítima desligue o computador, sabe que a página de web está lá, ou que há pessoas espalhando boatos sobre ela. O fato de que a pressão é ininterrupta se prova devastador em termos psicológicos", acrescentou.

Adolescentes que participaram de uma conferência da ADL disseram que acreditavam que a intimidação fosse só "brincadeira", até que ouviram o depoimento de John Halligan sobre Ryan, seu filho de 13 anos que se suicidou em 2003, depois de anos de intimidação, online e fora da rede. "Ele era intimidado constantemente pela possibilidade de que fosse gay", disse em entrevista Halligan, ex-executivo da IBM que agora conta a história de Ryan em escolas de todo o país.

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