Israel autoriza 1.100 moradias para colonos em Jerusalém Oriental

O governo de Israel aprovou um plano de construção de 1.100 casas para colonos israelenses em Jerusalém Oriental, informou nesta terça-feira (27) o Ministério do Interior de Israel.

Os cidadãos têm 60 dias para apresentar possíveis objeções ao plano, aprovado pelo comitê de urbanização do ministério.

O comitê examinará as eventuais objeções antes de abrir licitação para as obras.   LeO premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, deu a entender que não tinha intenção de congelar a expansão dos assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. A paralisação é exigida pelos palestinos para a retomada do processo de paz na região.

"É um pretexto que usam e voltam a usar, mas muitas pessoas consideram que é uma estratégia para evitar as negociações diretas", declarou o premiê ao "Jerusalem Post", em referência à exigência dos palestinos de que Israel congele a colonização para retomar as conversações.

Palestinos criticam

O projeto significa que Israel disse "1.100 vezes não" ao Quarteto para o Oriente Médio, disse o negociador palestino Saeb Erakat.

O Quarteto, formado por EUA, União Europeia, Rússia e ONU, havia proposto que palestinos e israelenses retomassem as negociações de paz, paradas há um ano.

O secretário-geral adjunto para Assuntos Políticos da ONU, Lynn Pascoe, criticou fortemente ante o Conselho de Segurança a autorização.

"A decisão que tomou hoje o Comitê de Urbanização de avançar no planejamento de uma grande quantidade de moradias em Jerusalém Oriental é um assunto que nos preocupa", enfatizou o secretário-geral adjunto.

"Dissemos de forma repetida que a colonização é ilegal e contrária aos compromissos de Israel em relação ao Mapa do Caminho", disse.