Japão distribuirá dosímetros a 34 mil crianças em Fukushima

As autoridades de Fukushima, no Japão , anunciaram nesta terça-feira (14) que no último trimestre do ano distribuirão dosímetros a cerca de 34 mil estudantes. O objetivo dos japoneses é medir possíveis focos de contaminação por radioatividade na região próxima à usina nuclear afetada pelos desastres naturais de 11 de março.

A prefeitura de Fukushima, município situado a 60 km da central nuclear de Daiichi, prevê distribuir os sensores em centros pré-escolares, colégios e institutos da cidade.

Além disso, os pais com crianças de menos de três anos poderão solicitar nos escritórios municipais um destes aparelhos, cuja venda disparou desde o início da crise nuclear.

A distribuição dos dosímetros tem como objetivo garantir a saúde das crianças e dos jovens. A campanha ainda prevê exames de saúde detalhados uma vez por mês, informou a agência local “Kyodo”.

As autoridades de Fukushima tomaram esta decisão depois que a prefeitura de Date, na mesma província, adotou medida similar após detectar em zonas isoladas do município níveis de radioatividade acima do limite recomendado, segundo a “Kyodo”.

O acidente na usina de Fukushima Daiichi levou o governo japonês a esvaziar um raio de 20 km em torno da central e a declarar a área como zona de exclusão.

Além disso, recomendou aos moradores de áreas entre 20 e 30 km da central atômica que permaneçam fechados em suas casas ou deixem o lugar, e esvaziou outras cinco localidades situadas a até 40 km nas quais se detectou elevada radioatividade.

A Agência de Segurança Nuclear do Japão recomendou desalojar as pessoas em áreas com um nível anual de radiação superior a 20 milisievert, um número que, para organizações como o Greenpeace, é alto demais.

Na semana passada, o Greenpeace demonstrou preocupação pela radiação acumulada nas ruas e no solo de Fukushima, embora as autoridades insistam que por enquanto não excede os limites recomendados.