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Jean-Marc Ayrault é nomeado primeiro-ministro da França

Jean-Marc Ayrault é nomeado primeiro-ministro da França

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:12

Após tomar posse nesta terça-feira, o presidente da França, François Hollande, nomeou Jean-Marc Ayrault, líder dos socialistas na Câmara baixa do Parlamento, ao cargo de primeiro-ministro. Ayrault, 62 anos e ex-prefeito de Nantes, substituirá o conservador François Fillon.

O premiê ficará encarregado de formar o novo governo da França, que deve ser anunciado na quarta-feira. Ayrault é fluente em alemão, o que é visto já como vantagem para Hollande, que busca um bom relacionamento com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Hollande tomou posse durante uma rápida cerimônia no Palácio do Eliseu, em Paris, onde foi recebido pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, a quem derrotou na eleição presidencial. Seu primeiro grande compromisso já está marcado para esta noite: uma reunião com Merkel para discutir propostas com o objetivo de estimular o crescimento econômico na Europa, um tema que causa controvérsias entre os dois líderes.

Em discurso para 400 convidados, Hollande disse que vai tentar alterar o pacto europeu para incluir medidas de incentivo ao crescimento às políticas de redução de déficit que, segundo críticos, estão piorando as expectativas de expansão do bloco. "Para sair da crise a Europa precisa de projetos de solidariedade e crescimento", afirmou.

Hollande viaja à tarde para Berlim, onde terá seu primeiro encontro com Merkel, que apoiou a candidatura de Sarkozy e se recusou a se encontrar com o socialista durante a campanha presidencial francesa.

 

Os dois líderes terão uma reunião e participarão de um jantar. "Será uma maneira de nos conhecermos. E também para dizermos com franqueza o que pensamos sobre o futuro da Europa", disse Hollande na segunda-feira. “A França e a Alemanha precisam trabalhar juntas, mas não pensamos da mesma forma sobre determinados assuntos. E falaremos a respeito para encontrarmos compromissos.”

A chanceler declarou que irá receber Hollande "de braços abertos", mas, por trás das declarações diplomáticas, Merkel não tem dado sinais de que pretende mudar sua posição em relação à necessidade de controlar os gastos públicos na Europa para superar a crise. A previsão é de que os dois líderes mantenham discussões em busca de posições comuns para levá-las à reunião extraordinária de líderes da União Europeia (UE) no próximo dia 23 e depois à próxima Cúpula do bloco, nos dias 28 e 29 de junho.

Para o jornal francês Le Monde, a forte derrota do partido da chanceler, o CDU, nas eleições na Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais populoso da Alemanha, pode reforçar, indiretamente, a posição de Hollande. Isso porque a austeridade fiscal defendida por Merkel foi o tema central da campanha dessa eleição regional.

Mas analistas dizem que a derrota do partido de Merkel não significa que a chanceler estaria isolada. Ela ainda continua popular, como indica uma pesquisa publicada pela revista alemã Stern. Segundo a publicação, 59% dos alemães apoiam a política de austeridade do país.

"A grande maioria dos alemães acha que é preciso ser muito rigoroso em relação à dívida pública. A chanceler tem grande apoio popular nessa questão", afirmou Nikolaus Blome, chefe de redação do jornal alemão Bild em entrevista ao canal de TV France 2.

Após a viagem à Alemanha, a agenda de Hollande continuará cheia. No fim de semana ele embarca para os Estados Unidos para uma reunião com o presidente Barack Obama e para participar das cúpulas do G8 e da Otan.

 

Com Reuters, BBC e AFP


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