Hillary Adams (Foto: AP) Um juiz norte´-americano que foi filmado espancando a filha adolescente sete anos atrás não vai ser indiciado porque o crime prescreveu, segundo a polícia de Rockport, no Texas.
A decisão foi tomada pelo promotor público do condado de Aransas Patrick Flanigan.
Hillary Adams, hoje com 23 anos, postou um vídeo na internet na semana passada que mostra seu pai, o juiz William Adams, batendo nela com um cinto mais de dez vezes.
O chefe da polícia local, Tim Jayroe, disse à mídia que vai contactar autoridades federais para verificar se o juiz poderia ser indiciado em um tribunal federal.
'Família disfuncional'
As imagens foram gravadas em 2004, quando Hillary tinha 16 anos e estava sendo punida por baixar conteúdo pirata da rede.
O juiz aparece gritando: 'Deita ou eu vou bater na sua cara', enquanto a adolescente chora e implora que ele pare.
O juiz William Adams (Foto: AP) Em entrevista ao canal de TV CNN, Hillary disse que queria mostrar ao pai que ele precisa de ajuda, mas que não acha que ele deve ser punido judicialmente.
A mãe de Hillary, Hallie Adams - que se separou do juiz em 2007, após 22 anos de casamento - disse à CNN que ela e as duas filhas viviam em uma família disfuncional em que a violência era algo comum.
Ela também aparece no vídeo batendo na filha uma vez, mas diz que já pediu perdão a Hillary.
Mercedes e ajuda financeira
Em uma declaração divulgada à imprensa, o juiz disse que a filha só divulgou o vídeo porque ele ameaçou cortar a ajuda financeira que dava a ela.
'Se o público precisa saber, logo antes do vídeo aparecer no YouTube, um pai preocupado comunicou sua filha de 23 anos que ele não estava disposto a continuar a trabalhar duro e ser sua principal fonte de apoio financeiro, se ela ia simplesmente abandonar (a universidade) e se contentar em trabalhar meio-período em uma loja de videogames.'
Segundo o juiz, Hillary disse a ele que se ele cortasse o dinheiro e tirasse sua Mercedes, 'ele iria se arrepender'.
O juiz Adams é a maior autoridade da Justiça no condado de Aransas e julga casos de violência contra menores.
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