O ex-magnata russo Mikhail Khodorkovsky foi considerado culpado das acusações de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro por um tribunal em Moscou nesta segunda-feira (27), informam agências de notícia russas.
Este é o segundo julgamento de Khodorkovsky, que já cumpre pena de oito anos por fraude e evasão de impostos.
Seus simpatizantes dizem que as acusações são motivadas por razões políticas.
Khodorkosky, que chegou a ser considerado o homem mais rico da Rússia, entrou em rota de colisão com o ex-presidente e atual premiê russo Vladimir Putin por financiar partidos de oposição.
Prisão estendida
O ex-magnata, de 47 anos, foi preso em 2003 e deveria ser libertado em 2011, mas a nova condenação pode mantê-lo preso até 2017.
Neste novo caso, Khodorkovsky e seu sócio Platon Lebedev são acusados de roubar centenas de milhões de toneladas de petróleo de sua própria empresa, a Yukos, e de lavar o dinheiro proveniente do roubo entre 1998 e 2003.
Os acusados foram levados ao tribunal algemados e escoltados por policiais armados.
Centenas de manifestantes protestavam do lado de fora pedindo liberdade e dizendo: "Coloquem Putin na cadeia!". A polícia prendeu várias pessoas.
Protestos
Khodorkovski rechaçou as acusações e disse que um Estado que destrói suas melhores empresas e confia apenas na burocracia e no serviço secreto é um Estado doente.
Em uma entrevista concedida na semana passada, Putin se referiu a Khodorkovsky dizendo que "um ladrão tem que ficar na prisão".
Os advogados do ex-magnata disseram que as declarações de Putin "dissiparam qualquer dúvida sobre quem pressiona o tribunal" e afirmaram que os comentários poderiam ajudar num apelo caso o veredicto considerasse Khodorkovsky culpado.
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