Morte de Kadhafi pode ser crime de guerra, diz promotor do TPI

O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, disse nesta quinta-feira que existem sérias suspeitas de que a morte do ex-ditador líbio deposto, Muammar Kadhafi, foi um crime de guerra.

Moreno Ocampo também afirmou que o governo líbio deve informar ao TPI até o dia 10 de janeiro se entregará o filho de Kadhafi, Saif al-Islam, ao tribunal.

Kadhafi foi capturado e morto em outubro em circunstâncias obscuras, e Moreno Ocampo afirmou aos jornalistas que "elevamos nossa preocupação" ao governo interino líbio e "lhe perguntamos como investigará os crimes cometidos por todos os grupos no levante contra o antigo regime."

"A morte de Muammar Kadhafi é um dos temas que devem ser esclarecidos - que ocorreu - porque há sérias suspeitas de que se tratou de um crime de guerra", ressaltou Moreno Ocampo à imprensa após apresentar um informe ao Conselho de Segurança da ONU.

O promotor do TPI disse que seus investigadores estiveram na Líbia na semana passada para continuar a pesquisa. "Estamos trabalhando estreitamente com o governo da Líbia, que tem que gerir uma situação muito complexa", indicou.

Muammar Kadhafi, assim como seu filho Muatassim, morreram em Sirte quando se encontravam nas mãos dos rebeldes líbios.