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Novo premiê do Líbano nega querer confronto com o Ocidente

Novo premiê do Líbano nega querer confronto com o Ocidente

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:59

O primeiro-ministro designado no Líbano, Najib Mikati, negou buscar um confronto com o Ocidente, afirmando que não foi o candidato do Hezbollah, grupo xiita que apoiou sua candidatura e causou preocupações na comunidade internacional.   Em entrevista concedida na noite de terça-feira à emissora de televisão libanesa "LBC" e reproduzida pela imprensa local nesta quarta, Mikati pergunta: "Por que querem que eu enfrente o Ocidente?"

O próprio premiê responde que "ninguém no Líbano procura um choque com a comunidade internacional", que se mostrou inquieta por sua escolha ter acontecido em um ambiente de muita tensão no país, cuja população se mostra dividida com relação a um tribunal especial apoiado pela ONU que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri em fevereiro de 2005.

"Respeitarei os compromissos internacionais do Líbano, a não ser que haja unanimidade nacional" no sentido contrário, acrescentou Mikati, em alusão ao desejo do Hezbollah de anular as diligências desse tribunal.     O Tribunal Especial para o Líbano (TEL), com sede na Holanda, está analisando a ata de acusação apresentada em 17 de janeiro pela promotoria. Aparentemente, militantes do Hezbollah estariam envolvidos no atentado que matou Hariri.

Mikati assegurou que não pertence à aliança 8 de Março, liderada pelo Hezbollah, e expressou que ninguém lhe impôs condições para apoiar sua candidatura. O premiê ressaltou também sua identidade sunita, necessária para poder ser primeiro-ministro dentro do esquema político do Líbano, e afirmou possuir a maioria da opinião pública de Trípoli, cidade onde nos últimos dias houve manifestações contra sua candidatura.

Mikati negou que haja ruptura com Saad Hariri, seu antecessor e antigo aliado. "Qualquer que seja sua posição, continuará sendo um amigo e um irmão para mim", assegurou. O novo premiê também reconheceu ter viajado nos últimos dias à Síria, país com grande influência no Líbano, e confessou que teve contatos "não detalhados com responsáveis amigos no Ocidente e no mundo árabe".    

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