O presidente do Peru, Ollanta Humala, anunciou que uma operação policial permitiu nesta quarta-feira (9) a detenção de 24 pessoas supostamente vinculadas ao grupo terrorista Sendero Luminoso.
Em entrevista à emissora "RPP Noticias" no Canadá, onde está em visita oficial, Humala afirmou que foram presos os principais dirigentes do Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais (Movadef), um grupo que defende as ações do Sendero Luminoso e tentou várias vezes ingressar na política ativa.
Uma informação oficial anterior indicava que os detidos eram 23, mas o Ministério do Interior detalhou nesta quarta à noite que o número subiu para 24.
Humala confirmou que entre os principais detidos estão os advogados Alfredo Crespo, defensor do fundador do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, e Manuel Fajardo, também defensor de Guzmán e fundador do Movadef.
A imprensa local também informou que entre os detidos está o músico Walter Humala, um conhecido intérprete de música andina que é primo do presidente.
Humala disse que ainda não podia dar detalhes sobre o músico, mas ressaltou que 'evidentemente no Peru ninguém tem coroa'. "Se há pessoas que têm relação com estes crimes, seja qual for seu sobrenome, serão capturadas", enfatizou.
O governante explicou que os presos são acusados como supostos autores de crimes de terrorismo e financiamento do mesmo através do narcotráfico.
Acrescentou que 300 policiais e militares participaram da operação, além de 47 promotores, procuradores e advogados do Ministério do Interior. "A operação é produto de um trabalho de mais de dois anos nos quais a Polícia Nacional do Peru realizou uma investigação que permitiu reunir indícios e evidências da suposta responsabilidade de diversos membros do Movadef nos crimes antes mencionados", afirmou.
Humala também disse que a operação incluiu uma revista nas celas dos integrantes do Sendero Luminoso que estão na penitenciária da Base Naval del Callao, inclusive Abimael Guzmán, e na prisão feminina de Ancón, ambas em Lima. "O pessoal de inteligência continua trabalhando neste momento, por isso não posso oferecer maiores detalhes", disse o líder.
Segundo a emissora local "América Televisión", a operação foi realizada depois que quatro colaboradores declararam que Crespo tinha recebido 120 mil sóis (US$ 42,8 mil) do líder do Sendero Luminoso, Florindo Flores Hala, conhecido como 'Artemio', capturado em fevereiro de 2012 e sentenciado à prisão perpétua no ano passado, com o objetivo de 'fortalecer' o Movadef.
Os presos foram conduzidos ao local da Direção Contra o Terrorismo (Dircote), no centro histórico de Lima, enquanto o ministro do Interior, Walter Albán, mantém o presidente informado sobre a operação.
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