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Pesquisa britânica diz que preços subirão pouco com combate a CO2

Pesquisa britânica diz que preços subirão pouco com combate a CO2

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Uma pesquisa publicada pela revista ''New Scientist'' afirma que o combate às emissões de CO2 na Grã-Bretanha provocará aumentos significativos nos preços de eletricidade, gasolina e passagens aéreas até 2050, mas que em geral os demais itens do custo de vida não terão forte inflação.

Segundo o estudo, itens como cigarros, bebida, carros, eletrodomésticos, eletro-eletrônicos, comida e roupas terão preços entre 1% e 2% maiores em 2050 se o governo da Grã-Bretanha cumprir suas metas de redução de emissões de CO2.

De acordo com o artigo, o item que mais vai sofrer aumento são as passagens aéreas, que teriam inflação de 140%. Já o custo da eletricidade subiria até 15% até 2050.

A ''New Scientist'' ressalva que é ''impossível prever precisamente os preços daqui a quatro décadas'', mas a revista propõe um exercício com base nas metas estabelecidas pela Grã-Bretanha de reduzir 80% sua carga de gases-estufa até 2050.

Energia

A pesquisa foi feita pela consultoria Cambridge Econometrics, que usou dados econômicos históricos de 40 produtos e serviços e elaborou dois cenários: um no qual a Grã-Bretanha cumpre sua meta de redução de 80% das emissões de CO2 e outros gases-estufa e outro no qual o governo não toma nenhuma medida.

A principal diferença entre os dois cenários são os custos de energia. No cenário em que o governo cumpre sua meta, fontes de energia como carvão e gás são substituídos por fontes mais limpas, porém mais caras.

''Pelos preços atuais, adotar baixas emissões deve acrescentar cerca de cinco centavos ao preço do pão ou da cerveja. O preço de aparelhos como máquinas de lavar deve aumentar algumas libras'', afirma o artigo da revista.

Para Alex Bowen, especialista em aquecimento global da London School of Economics citado pela revista, ''os resultados mostram que o projeto global de se combater as mudanças climáticas é factível''.

''Há uma exceção a esse padrão. As companhias aéreas não têm alternativas de baixas emissões ao combustível aéreo. Se uma alternativa não for encontrada, elas vão sofrer com os custos do carbono, e o preço das passagens vai aumentar pelo menos 140%''.

A previsão da pesquisa é que uma viagem de Londres para Nova York, que atualmente custa cerca de 350 libras (em torno de R$ 1 mil), passe para 840 libras (R$ 2,4 mil), em 2050.

A ''New Scientist'' diz que um estudo semelhante feito em junho deste ano nos Estados Unidos chegou a conclusões semelhantes. A pesquisa publicada pela revista ''Energy Economics'' afirmava que um corte de 50% das emissões americanas até 2050 provocaria um aumento de menos de 5% nos preços dos consumidores do país.

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