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Presidente de Portugal pede a Passos Coelho que forme governo já

Presidente de Portugal pede a Passos Coelho que forme governo já

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:39

O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, pediu nesta segunda-feira (6) a Pedro Passos Coelho, vencedor das eleições legislativas da véspera, que comece "imediatamente" a tentar formar uma maioria parlamentar, sem esperar sua nomeação formal.

O Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), de Passos Coelho, venceu as eleições com 38,6% dos votos, contra 28% para os socialistas no poder, e o bloco de direita obteve uma folgada maioria absoluta no Parlamento.

Das 226 cadeiras do Parlamento disputadas no país (quatro são do exterior), o PSD conquistou 105, contra 73 para o Partido Socialista, do primeiro-ministro demissionário José Sócrates.

Pedro Passos Coelho, provável substituto de José Sócrates. (Foto: AFP)

Com 11,7% dos votos, outro partido de direita, o CDP-PP, obteve 24 cadeiras, o que dá uma confortável maioria absoluta de 129 deputados à direita

A coalizão comunistas-verdes levou 16 cadeiras, com 7,9% dos votos, e o Bloco de Esquerda (extrema-esquerda) conquistou 8 cadeiras, com 5,2%.

Os quatro deputados eleitos no estrangeiro serão conhecidos apenas no dia 15 de junho. A taxa de abstenção foi de 41,1%, superior ao recorde estabelecido nas eleições de 2009, de 40,3%.

José Sócrates admite derrota de seu partido em Portugal. (Foto: AFP)    

José Sócrates já havia anunciado sua renúncia como secretário-geral do Partido Socialista.

"Esta derrota é totalmente minha e quero assumir toda a responsabilidade", disse Sócrates, no poder desde 2005.

"Sinto que é necessário abrir um novo ciclo político que seja capaz de preparar uma alternativa consistente. Quero dar ao Partido Socialista o espaço para discutir seu futuro e escolher uma nova liderança."

Crise

O novo governo de centro-direita será responsável pela aplicação do rigoroso plano de resgate internacional destinado a acabar com a crise financeira no país. Portugal enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma economia que deve contrair 2% neste ano e no próximo.

Pedro Passos Coelho garantiu que Portugal não será "uma carga" para os credores e prometeu fazer o necessário para honrar os compromissos do Estado.

"Faremos o que for preciso para garantir a todos que nos observam do exterior que Portugal não será uma carga para os países que nos emprestaram o que precisávamos para cumprir nossas responsabilidades e nossos compromissos", disse ao celebrar a vitória.

"Vamos fazer todo o possível para cumprir o acordo estabelecido entre o Estado português, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para recuperar a confiança dos mercados."

Reformas

Durante a campanha, Passos Coelho prometeu ir além das exigências da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, sobretudo em termos de privatizações, mas também nas reformas trabalhistas e dos serviços públicos.

O Parlamento foi dissolvido por Sócrates no fim de março, após a rejeição do plano de austeridade do governo para enfrentar a crise financeira em Portugal. Ele criticou duramente a oposição, que teria "apressado" a crise política e econômica.

Duas semanas depois, Sócrates se viu obrigado a pedir ajuda internacional, pois o Estado português não tinha mais condições de garantir seu financiamento em consequência do aumento das taxas de juros exigidas nos mercados.

Portugal, muito endividado (160 bilhões de euros no fim de 2010), encerrou 2010 em recessão, com um déficit público de 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma taxa de desemprego de 11%.            

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