O Reino Unido e a Alemanha afirmaram nesta quinta-feira (1º) em Bruxelas que pretendem isolar financeiramente o governo iraniano, em um momento em que se intensifica a crise diplomática entre Teerã e Londres após os ataques e saques da sede da representação britânica na capital iraniana, ocorridos dois dias atrás.
"Estou certo de que aprovaremos (nesta quinta-feira) uma série de medidas e, sobretudo, nos focaremos no setor financeiro" iraniano, disse aos jornalistas o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, à margem de uma reunião com seus homólogos da UE na qual deverão adotar novas sanções contra Teerã por seu programa nuclear.
As sanções constituirão "uma intensificação da pressão econômica sobre o Irã", disse Hague.
A cúpula ocorre em um contexto de crise diplomática entre Irã e Reino Unido, após o saque na terça-feira da sede da representação britânica na capital iraniana, que provocou raivosos protestos internacionais.
Policial monta guarda em frente ao prédio da embaixada do Irã, em Londres, nesta quinta-feira (1º) (Foto: AP) Os manifestantes exigiam o fechamento da missão britânica, em represália pelas sanções adotadas na semana passada pelo Reino Unido , em conjunto com Estados Unidos e Canadá, para tentar obrigar o Irã a renunciar ao seu programa nuclear, que as potências ocidentais acusam de ter objetivos militares.
O Reino Unido fechou na quarta-feira sua embaixada em Teerã e exigiu o fechamento em um prazo de 48 horas da representação diplomática do Irã em Londres.
"Trata-se de secar o setor financeiro do Irã", disse nesta quinta-feira o ministro alemão, Guido Westerwelle.
Após um informe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que reforça a suspeita de uma "possível dimensão militar" do programa nuclear iraniano, os chefes da diplomacia europeia decidiram aumentar as sanções contra Teerã.
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