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Rússia apoia trégua diária de 2 horas na Síria, diz Cruz Vermelha

Rússia apoia trégua diária de 2 horas na Síria, diz Cruz Vermelha

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:14

EFE

Objetivo é levar ajuda humanitária à população civil no país em combate

A Rússia se comprometeu nesta segunda-feira a apoiar o pedido do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de impor tréguas de duas horas diárias durante os combates na Síria para poder ajudar a população civil, anunciou a própria organização. Ataques de hoje: Soldados sírios enfrentam rebeldes em confrontos raros em Damasco

"Nós confirmamos o apoio de Sergei Lavrov (ministro de Relações Exteriores da Rússia) à necessidade de tréguas diárias de duas horas nos combates", afirmou Victoria Zotikova, porta-voz da delegação regional do CICV, à agência "Interfax". A fonte fez esta afirmação após a reunião deste domingo entre o presidente da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, e o chefe da diplomacia russa.

O objetivo dessas tréguas é que a CICV possa ajudar aos mais necessitados na Síria, especialmente as mulheres e crianças que se encontram isoladas nas cidades que há semanas sofrem com combates entre os rebeldes e as forças de segurança de Bashar al Assad. "Continuamos apoiando todos os que precisam de ajuda nas cidades onde há distúrbios. Esperamos ver resultados concretos para nossas atividades na Síria nos próximos dias ou semanas", declarou Zotikova.

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Já Kellenberger se manifestou satisfeito e agradecido pelo apoio mostrado por Lavrov, já que, segundo afirmou, "o apoio da Rússia é muito importante" para a Cruz Vermelha, segundo a agência oficial "Itar-Tass". Kellenberger, que viajará a Bruxelas para tratar este assunto com o secretário-geral da Otan, alertou durante a reunião com o ministro russo sobre "a provável piora" da situação humanitária na Síria.

"Em algumas regiões as pessoas sofrem há vários meses, especialmente as mulheres e as crianças", afirma comunicado do CICV, que lembra que nas cidades palco de combates a situação é "muito grave e poderia piorar até mais". Sobre isso, Kellenberger classificou nesta segunda-feira como "inaceitável" a possibilidade de que a crise humanitária se propague a outras cidades sírias, caso a conflagração se estenda por outras regiões do país árabe.

Lavrov já tinha se manifestado a favor do acesso livre da ajuda humanitária ao país em conflito, um dos cinco pontos do plano para a Síria pactuado no início de março pela Rússia e pela Liga Árabe. A iniciativa estipula também o fim da violência, a criação de um mecanismo neutro que supervisione o cessar-fogo, a não-intervenção estrangeira e o apoio à mediação do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Até agora, Moscou rejeitou todas as resoluções propostas no Conselho de Segurança da ONU, que fazem referência a uma possível intervenção ocidental na Síria e pedem a renúncia de Assad.

13.700 sirios conseguiram escapar da violência no país e se refugiam na Turquia

Foto: EFE


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