O tribunal de Tiaret (sudoeste argelino) decidiu no dia 27 de maio, adiar o julgamento do processo contra a cidadã convertida ao cristianismo Habiba Kouider e determinou a procura por mais provas, informou a agência de notícias "France Presse".
Alguns veículos de comunicação chegaram a informar que a argelina Habiba Kouider, de 37 anos, teria sido condenada a dois anos de prisão e multada por ser encontrada num veículo com bíblias. O tribunal, no entanto, decidiu pelo adiamento para o "enriquecimento da prova de acusação".
Segundo o presidente da Igreja protestante da Argélia, Mustapha Krim, ela foi encontrada com uma dezena de Bíblias, enquanto o Ministério para Assuntos Religiosos da Argélia atesta serem 25 Bíblias.
O procurador de Tiaret tinha requerido, no último dia 20 de maio, três anos de prisão contra Habiba.
No entanto, a secretária de Estado francês de Direitos Humanos, Rama Yade, havia qualificado como "triste" e "chocante" o processo contra Habiba Kouider e disse esperar por um "gesto de clemência" a seu favor.
"Em conformidade com a tradição e a hospitalidade da Argélia, creio que poderá haver um gesto de clemência", acrescentou Yama Yade.
O exercício de um culto não autorizado - muçulmano ou não muçulmano - está sujeito, na Argélia, a uma dupla autorização das autoridades: primeira relacionada ao local de exercício e a segunda, a do pregador que deve ser agregado e aprovado pelo Ministério para Assuntos Religiosos.
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