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À véspera de voto decisivo, premiê do Japão promete ficar no cargo

À véspera de voto decisivo, premiê do Japão promete ficar no cargo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:40

O impopular primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, recusou-se nesta terça-feira (31) a renunciar em face de uma moção de desconfiança no Parlamento esta semana, dizendo que primeiro quer resolver a pior crise nuclear do mundo em 25 anos.

Analistas dizem que Kan provavelmente sobreviverá à votação, que pode ser realizada na quarta-feira. Avaliam, no entanto, que ainda enfrentará grandes obstáculos para aprovar políticas em um parlamento dividido, incluindo um orçamento extra para ajudar a financiar a recuperação dos danos causados pelo terremoto seguido de tsunami em março, que afetaram a usina nuclear de Fukushima e devastaram o nordeste do Japão.     O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, durante reunião nesta terça (31) para discutir a reconstrução do país após o tsunami de 11 de março que provocou pior acidente nuclear em 25 anos (Foto: Yuriko Nakao /Reuters)     "Não posso abandonar a responsabilidade de fazer o que precisa ser feito agora. Gostaria de resolver a crise nuclear primeiro", disse Kan a um conselho no parlamento. "Estou determinado a cumprir minha função."

A pressão dentro de seu próprio partido aumentou após a mídia ter relatado que Ichiro Ozawa, principal negociador do partido governista, deu a entender que apoiará a moção de desconfiança se Kan se recusar a renunciar.

Rivais do governista Partido Democrático (DPJ na sigla em inglês) querem que Kan saia antes do voto de desconfiança, abrindo caminho para uma novo líder que possa formar uma coalizão com o opositor Partido Liberal Democrático (LDP na sigla em inglês) para romper o bloqueio em um parlamento no qual a oposição pode barrar projetos de lei na Câmara alta.

Kan, que assumiu em junho passado com quinto premiê em igual número de anos, luta para controlar a crise nuclear, descobrir como pagar a reconstrução da região atingida pelos desastres naturais e delinear uma reforma tributária para pagar os crescentes gastos de segurança social.        

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