A exposição ao frio pode sim nos deixar doentes, mas não tem associação com adquirir gripe, resfriado ou outros problemas respiratórios. A doença que vem da exposição ao frio se chama hipotermia e consiste na queda da temperatura corporal, que normalmente é de 36,6 °C, para valores abaixo de 35 °C.
A hipotermia normalmente ocorre quando existe a exposição a frios extremos, podendo apresentar tanto sintomas leves — frio nos pés e nas mãos ou tremores, por exemplo — quanto outros mais graves, como confusão mental e até a morte.
Apesar de não haver evidências de que exista associação entre a tal da “friagem” e o resfriado, as pessoas realmente ficam mais doentes no inverno. A explicação seria porque os vírus estão mais ativos nessa época do ano e as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão de microorganismos.
Além disso, o frio pode provocar alergias e facilitar infecções. Quando a temperatura cai, geralmente o ar fica mais seco, o que resseca as mucosas do aparelho respiratório. Isso compromete a produção de secreções com anticorpos para a defesa do organismo, favorecendo o aparecimento de doenças respiratórias.
Aquele conselho de mãe para não esquecer o casaco também não tem muito a ver com gripes e resfriados. Porém, apesar de o moletom não impedir a doença, o choque térmico — do seu corpo quente com a temperatura fria do ar — faz com que o organismo aumente a produção de energia para deixar o organismo sempre na mesma temperatura. Isso provoca uma queda de imunidade que facilita o contágio de doenças.
Fontes: Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia; Elcio Pires Júnior, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
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